quinta-feira, 29 de março de 2012

Fúria de Titãs 2


O primeiro (me refiro à refilmagem de 2010) já era decepcionante, o segundo é... exatamente a mesma coisa. Idêntico à produção anterior, como se tivesse sido xerocado. E isso não é bom.

No elenco estão Sam Worthington, Rosamund Pike e Bill Nighy, Ralph Fiennes e Liam Neeson. Os três com pilhas de contas a pagar. Só isso pra explicar sua presença nesse negócio.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Capangas Contratados – Episódio 17

Chegou um momento muito especial na trama de Capangas Contratados. É hora de conhecer a pessoa tão fodona a ponto de mandar em nossos três igualmente fodões capangas. É hora de conhecer o chefe!

terça-feira, 27 de março de 2012

O Que Tem Pra Hoje

Estreou quinta-feira passada o projeto conhecido como O Que Tem Pra Hoje. Trata-se de uma série de esquetes cômicas cujo único objetivo é fazer você rir, além de apresentar um humor inteligente e provocativo, algo tão em falta na comédia brasileira nos últimos tempos.

O projeto foi idealizado por Paulo Leierer, vulgo Magal, que dirige todas as esquetes. O roteirista-chefe é um tal de Jean Di Barros, aquele que também é conhecido como Borges. Este que vos fala faz parte da equipe de roteiristas.

As três primeiras esquetes já estão no ar, no site oficial e também em sua página do Facebook. Entre, assista e dê umas risadas. É de graça. E volte depois, porque muito mais material vem por aí.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O fim da invencibilidade


É o conto de um rapaz e seu recorde. Estava invicto há 15 anos, se não mais. Ficou tanto tempo assim que até perdeu as contas exatas. Coisa estranha para se gabar, mas sentia um certo orgulho disso. Achava-se mais forte que os outros, que tinha mais controle. Era o mestre de seu domínio. O que consumia, ficava sob seu jugo.

A vida de campeão era boa. Não havia desafiantes à altura, nada oferecia perigo. Seu recorde estava fadado a continuar a aumentar. Não vou mentir, houve algumas ocasiões, poucas, é verdade, em que se sentiu ameaçado. Poderia perder o título num piscar de olhos, sentia subindo-lhe pela garganta. Nessas ocasiões, ou cuspia o excesso, demarcando o território, ou engolia em seco e partia para a próxima. Mestre de seu domínio, lembra?

Seguiu até se esquecer de como era estar naquela posição. Acomodou-se, relaxou. Baixou a guarda. Veio a fatídica noite. Já havia tido um prenúncio à tarde, mas como sempre fizera antes, domara o anseio, controlara a fera e cuspiu em seu corpo vencido, tomando uma lufada de ar fresco para recuperar a compostura.

À noite, tudo parecia normal, não fez nada fora do ordinário. A barriga um tanto vazia, verdade. Mas a fome logo depois foi aplacada com o pedido de sempre. A sede, afogada com a bebida, a de sempre novamente. Nada saiu do controle ali, ainda sentia-se senhor de suas terras. Eram onze da noite e tudo estava bem. Continuou a toada.

O tempo passou e tudo continuou bem. Chegou em casa e nem tudo estava tão bem. Sensação estranha, a cabeça girando e não conseguia avistar o oponente, mas sabia que ele estava lá, à espreita, pronto para desferir o golpe derradeiro. Apreendeu a inevitabilidade do fato.

Apesar dos 15 anos ou mais, não ficou nervoso, não esquentou a cabeça, lembrou-se do procedimento com uma clareza que não sabia ser possível. Entregou-se ao adversário superior e levou o golpe. Antes do longo período invicto, toda vez que acontecia ficava nervoso, não conseguia respirar durante o ocorrido.

Não dessa vez. Foi tomado por uma súbita calma, relaxou e entregou-se à maré. Foi pacífico, até estranhamente relaxante. A coisa toda levou menos de trinta segundos, e, ao fim, sentia-se muito melhor. Um fardo retirado de dentro de si. Não era mais o mestre de seu domínio e por ele tudo bem, o mundo não ia acabar por causa disso. Além do mais, sempre podia recomeçar a contagem. A vida é feita desses pequenos desafios. Recuperar, se não superar seu antigo recorde, seria apenas mais um.

Uma semana e contando.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Discografia Pixies: Parte final – Os discos póstumos


Leia também:

Nessa segunda e última parte da discografia dos Pixies, uma geral em seus álbuns póstumos, que começaram a ser lançados a partir de 1997. Entre coletâneas e compilações, todos os lados B, sobras e raridades estão presentes. Nunca foi tão fácil ter a obra completa de uma banda tão influente.


Death to the Pixies 1987 – 1991 (1997)

Álbum duplo. O primeiro disco é uma coletânea com 17 faixas, dando uma geral nos cinco álbuns da banda. É uma boa porta de entrada para se conhecê-los. Posso dizer de experiência própria, pois foi graças ao lançamento desse disco no Brasil (e uma matéria a respeito na Folha de S. Paulo) que conheci a banda. Hoje acho que poderia ter entrado mais algumas músicas de Trompe le Monde, mas na época foi uma ótima iniciação. O segundo disco é uma gravação ao vivo de um show em Amsterdã em 1990 com 21 canções e muita energia. O detalhe curioso é que a edição brasileira não trazia qualquer informação sobre esse segundo disco, nem os detalhes técnicos nem a lista de faixas na contracapa. Bizarro.

Nota: 9,5


At the BBC (1998)

Compilação de músicas gravadas nos estúdios da BBC entre 1988 e 1991 para transmissão nos programas da famosa rádio britânica. Entre as faixas já conhecidas dos discos em versões praticamente idênticas às de estúdio, destacam-se uma cover esporrenta de Wild Honey Pie, dos Beatles e o lado b Manta Ray. Recomendado só para fãs completistas.

Nota: 7


Complete ‘B’ Sides (2001)

Como o próprio nome diz, são todos os lados B dos singles do quarteto. E se você não soubesse disso, poderia jurar que se tratava de um disco de estúdio, tamanha a qualidade do material. Tem a versão ao vivo da cover de In Heaven (Lady in the Radiator Song), tema do filme Eraserhead. Tem a versão mais calma de Wave of Mutilation. Tem Into the White, outra faixa cantada por Kim Deal e que deveria ter sido um lado A, de tão boa que é. São lados B com qualidade de A, coisa para poucos.

Nota: 9


Pixies (2002)

Logo que foi formada, a banda gravou uma fita demo que ficou conhecida como Purple Tape (fita roxa). Dessa demo, oito canções foram escolhidas para entrar, sem qualquer alteração ou regravação, no EP Come on Pilgrim. As outras nove faixas estão neste disco, a raspa do tacho do baú pixieano. Oito dessas músicas acabariam entrando, em novas versões, nos discos seguintes da banda. A graça aqui é apenas conhecer suas versões iniciais. Só uma delas, Rock a My Soul nunca havia sido lançada e permanecia inédita até então. Mais um trabalho recomendado apenas para aqueles que gostam de ter tudo.

Nota: 8


Wave of Mutilation: Best of Pixies (2004)

Nova coletânea lançada pouco após o retorno da banda – que voltou apenas para fazer shows e ganhar todo o dinheiro que não ganharam quando estavam em atividade – com a clara intenção de apresentar os Pixies às gerações mais novas. Em relação a Death to the Pixies, tem 23 faixas contra 17 da compilação anterior, portanto, é mais completa. Músicas a mais dos Pixies (mesmo a lado B cover de Neil Young, Winterlong) nunca são de mais. Porém, a outra ganha pelo disco ao vivo. Essa vale só por ser mais recente e mais fácil de se encontrar.

Nota: 9

quinta-feira, 22 de março de 2012

Reunião de Pauta 1 agora também disponível no site da Toró Na Cuca

A primeira experiência em ficção do pessoal do Delfos agora também está disponível na seção de vídeos do site da Toró Na Cuca em caráter permanente. Quem ainda não assistiu, entra lá e prestigie. É só clicar aqui.

Para aqueles indispostos a se deslocar até outro endereço virtual, dessa vez vou quebrar o galho. É só dar play aí embaixo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

A decadência do grande M


Foi num sábado, algumas semanas atrás. Eu e Jean Di Barros, o popular Borges, fizemos uma pequena via sacra automobilística: entregar alguns livros para divulgação. Ao final, Borges estava com fome, não havia almoçado porque tomou o café da manhã tarde. Arroz com feijão é para os fracos de estômago. Somos da geração “fast food a qualquer hora, em qualquer refeição”. Paramos num McDonald’s ao lado do Shopping Bourbon Pompéia.

“Esse McDonald’s é zoado”, ele me avisa. “Zoado por quê?”, pergunto. “É todo esculhambado, é o pior McDonald’s da região”, reiterou. Não entendi direito o que ele quis dizer, enquanto estacionávamos o carro. Só me dei conta depois que entramos no lugar.

Eram umas quatro e meia da tarde, talvez um pouco mais. Já bem longe da hora de pico do almoço e ainda cedo demais para a leva da janta. O lugar estava calmo, só uns gatos pingados fazendo o lanchinho da tarde e o Borges atrás de sua refeição completamente tardia. O lugar estava sujo. O chão escorregadio, as mesas grudentas.

O estabelecimento estava às moscas. Estou falando sério, havia uma família delas, umas quatro ou cinco, sobrevoando constantemente nossa mesa, enquanto meu sócio matava um Big Mac com Fanta (!?).

Não pude deixar de pensar na primeira vez que comi num McDonald’s. Foi no Rio de Janeiro, devia ter não mais que cinco anos. Foi mágico, o primeiro Mc a gente nunca esquece. Me lembro que a lanchonete brilhava, um festival de luzes fortes que refletiam no chão perfeitamente encerado.

Naquele sábado constatei a decadência do estabelecimento. Até a nova decoração, mais escura, contribui para o visual deprimente que tomou conta do lugar. Mas também, eles mesmos causaram isso.

Os lanches que são uma decepção quando comparados com as fotos do menu, ao melhor estilo Um Dia de Fúria; o péssimo atendimento (o que vale ressaltar, sempre foi uma de suas marcas registradas, desde os primórdios) e os preços cada vez mais altos, já no nível de hamburguerias. É pra matar qualquer memória afetiva. Hoje em dia, creio que Tarantino já não colocaria aquele diálogo no começo de Pulp Fiction.

Na segunda-feira daquela mesma semana, havíamos ido após uma reunião de negócios, junto do famoso Magal, ao grande M da Schaumann com a Rebouças. Lá é 24 horas, está sempre arrumado, é uma espécie de point pós-balada, graças à boa localização. Já fui várias vezes lá após ficar sem opções ao fim da noite, muitas vezes nem comi nada, só fiquei de bobeira batendo papo.

Que diferença para o “McDonald’s” mais zoado da região. Ainda assim, aquela coisa, é preciso comer dois lanches para matar a fome, mas ela volta a toda meia hora depois, enquanto qualquer sanduíche do Burger King é maior, mais gostoso, e você fica cheio, arrotando hambúrguer, até a hora de dormir.

De fato, o Magal até cogitou irmos até o Burger King da Santo Amaro, mas o Mc da Schaumann era mais perto. Voltando àquele sábado, o Borges, entre uma mordida e outra, disse: “Bem que podia ter um Burger King aqui perto”, ao que eu respondi: “Mas tem, dentro do shopping”. “É, mas dá trabalho entrar lá e aquela praça tá sempre lotada”.

Conclusão dessas duas situações: o grande M se mantém por um fio, porque é melhor localizado e porque fica às moscas, agora às de figura de linguagem mesmo. Mais alguns Burger King estrategicamente localizados e em breve o McDonald’s será só uma lembrança distante. O grande M, visível a metros de distância, apenas mais um marco à decadência.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Discografia Pixies: Parte I – Os discos de estúdio


Nessa nova edição da Discografia, darei uma geral em mais uma de minhas bandas favoritas, a quarta em meu Top 5 de todos os tempos (a primeira já apareceu por aqui. As outras três devem pintar em breve). Falo dos Pixies, aquela que talvez seja a mais influente das bandas do rock alternativo.

Formado em Boston, EUA, em 1986 por Black Francis (vocais e guitarra), Joey Santiago (guitarra solo), Kim Deal (baixo e vocais) e David Lovering (bateria), o grupo misturou em sua sonoridade o rock barulhento das bandas indies dos EUA, as melodias grudentas da surf music e a famosa estrutura de versos calmos e refrões pesados. Não à toa, Kurt Cobain disse em entrevista que, quando compôs Smells Like Teen Spirit, estava apenas tentando copiar os Pixies.

O Nirvana não foi a única banda influenciada por eles. Praticamente meio mundo da cena do rock indie deve algo aos Pixies. Gente bem estabelecida, como David Bowie, também elogiou. No entanto, apesar das láureas da crítica especializada e dos muitos fãs ilustres, eles nunca foram um sucesso de público, o que, além das tensões entre os integrantes, contribuiu para que eles acabassem oficialmente em 1993, muito embora a banda já estivesse parada antes disso.

No começo dos anos 2000 eles anunciaram sua volta, com propósito estritamente comercial. Agora que eles eram conhecidos como influência de muita gente, queriam capitalizar da fama e ganhar em turnês toda a grana que nunca ganharam em sua primeira encarnação. Embora sempre surjam rumores de um novo disco de inéditas, até o presente momento não há nada confirmado e a banda só gravou uma música nova desde que retornou, chamada Bam Thwok.

Agora que já foram devidamente apresentados, vamos dar uma passada por seus discos de estúdio. 


Come on Pilgrim (1987)

Os Pixies estreiam em disco com este EP com oito faixas. Nele, suas principais características já estavam presentes: as guitarras dissonantes, a influência pesada de surf music, os vocais ensandecidos de Black Francis e a estrutura de versos calmos e refrão barulhento que tornou a banda tão famosa. Isla de Encanta (cantada num espanglês muito do sem vergonha), The Holiday Song, Nimrod’s Son e Levitate Me são destaques.

Nota: 9


Surfer Rosa (1988)

Em seu primeiro álbum cheio, a banda não faz nada de diferente do que entregara em seu EP de estreia. E comete um grande disco, cheio de energia. Das 14 faixas, talvez apenas Cactus e I’m Amazed estejam um patamar abaixo das outras. Entre os grandes momentos, pode-se destacar o berreiro de Something Against You, Kim Deal assumindo os vocais na grudenta Gigantic e Where’s My Mind?, que anos depois virou a música de encerramento do filme Clube da Luta, casando muito bem com as imagens. Honestamente, não sei dizer se prefiro este disco ou Doolittle.

Nota: 9,5


Doolittle (1989)

Em franca ascensão, o grupo comete aquele que é considerado seu melhor álbum. Dessa vez até concordo com a maioria, embora, como disse ali em cima, às vezes fico em dúvida entre este e Surfer Rosa. Cheio de clássicos como Debaser (com sua letra inspirada por Um Cão Andaluz, de Buñuel), Wave of Mutilation, Here Comes Your Man (a mais conhecida e mais pop das canções do quarteto) e Monkey Gone to Heaven, misturados a momentos de pura loucura sonora como Tame, I Bleed, Crackity Jones e a divertida La La Love You, cantada pelo baterista David Lovering. Um grande disco.

Nota: 10


Bossanova (1990)

Tudo que sobe tem que descer. Se Doolittle foi o auge criativo dos Pixies, seu sucessor, Bossanova, com certeza pode ser considerado o ponto baixo, o que no caso desta banda quer dizer um disco ótimo que muita bandinha alternativa nunca conseguiu chegar nem perto de fazer. Muito mais influenciado pela surf music que seus antecessores, o que se reflete na cover instrumental Cecilia Ann e em faixas como Velouria (que faz uso de teremim), Stormy Weather e Havalina. Também tem as tipicamente pixianas Allison, Dig for Fire e Hang Wire. Porém, são nas faixas maiores All Over the World e The Happening, excessivamente repetitivas, que mostram que sua maior virtude são mesmo as músicas curtas e diretas que marcaram sua carreira.

Nota: 8 


Trompe le Monde (1991)

O último disco de estúdio da banda é uma despedida em grande estilo, voltando à boa forma de Surfer Rosa e Doolittle. Começando a 120 km/h com a trinca Trompe le Monde, Planet of Sound, Alec Eiffel, passando pela cover de Head On, do The Jesus & Mary Chain, até acabar na psicodélica The Navajo Know, são 15 faixas irretocáveis, que mostram que se o grupo não tivesse acabado, quem sabe até onde poderia ter chegado em termos criativos. Certa vez li uma nota na antiga revista Bizz onde David Bowie dizia que adorava este disco. Quem sou eu para ir contra o Camaleão?

Nota: 10

quinta-feira, 15 de março de 2012

Amanhã acaba a temporada de O Poderoso Padrinho


É isso aí, amanhã será publicado o 13º episódio de O Poderoso Padrinho. É o episódio final da temporada. Sendo assim, ele se torna a primeira de nossas Sitcoms Literárias a alcançar o season finale.

Uma temporada mais curta, verdade, como as das séries da Showtime. Sem espaço para gordura ou encheção de linguiça. Em suma, só o filé.

Só o autor, aquele que responde por Luciano Fonseca, pode falar com propriedade sobre os saldos do trabalho (vamos fazer um blog aí, Gordão!). Como leitor, posso dizer que me diverti muito durante esses 13 episódios. Simpatizei com os personagens e as situações e dei boas risadas. Vejo essa Sitcom como uma poesia do cotidiano, uma ode a situações completamente ordinárias que não são, de forma alguma, como mostra o Gordão, desprovidas de significado e, sobretudo, humor.

Diferente das outras duas séries da Toró, esta é a mais pé no chão. Me refiro em termos de realismo. Nada de situações bizarras ou personagens exóticos. O interesse aqui parece ser nas pessoas que você pode cruzar a qualquer momento. Coisas que poderiam e podem acontecer com você. Essa é sua força e a fonte de seu humor. É o que a torna um trabalho que merece ser prestigiado.

Portanto, não deixe de entrar no site da Toró Na Cuca amanhã e ler o final de temporada de O Poderoso Padrinho.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Capangas Contratados – Episódio 15

Tavares mostra toda a sua habilidade como atirador de elite, franco-atirador, sniper, ou como quiser chamar. Enquanto isso, o novato demonstra porque sempre é bom ir ao banheiro antes de sair de casa...

terça-feira, 13 de março de 2012

O ponto final


Alguns dias atrás terminei um trabalho. O primeiro a receber o famigerado ponto final em uns bons meses. Me senti aliviado. Andava meio travado para coisas mais longas, daquelas que não dá para matar em um ou dois dias. Cheio de falsos começos e abandonos bastante verdadeiros.

Quando isso acontece muitas vezes seguidas, como foi o caso, é inevitável pensar se o seu mojo não foi pro saco. Se em algum momento do caminho você perdeu a manha e se algum dia ela voltará. Sei que isso é normal, qualquer escritor passa por isso em algum momento.

Mesmo assim, mesmo racionalizando, não há como controlar aquele medo de que talvez nada mais saia. Medo é primitivo, você analisa, analisa, compreende o porquê, mas isso não quer dizer que ele vai embora. Não desse jeito. Ele só passa quando você conclui um novo trabalho e vê por si mesmo que ainda consegue. Que talvez a pior parte tenha ficado para trás. E se anima com projetos futuros. Pra quê dar sopa para o azar? Já que finalmente destravou, emenda outra coisa logo.

Enfim, me surpreendeu também a velocidade. Nunca fui muito rápido. Nunca gostei de fazer nada com pressa, não sou de acelerar muito se não é necessário. Mas esse negócio saiu em duas semanas. Foi um recorde pessoal. Vai ver, para compensar todo o tempo perdido antes. Eu é que não vou reclamar. É bom porque assim também eu não fico enfastiado, mergulhado na mesma história por tanto tempo que no final já estou entediado. Saiu, foi rápido, beleza.

Pus o ponto final, mas isso não quer dizer exatamente que acabou. Na verdade não, longe disso. Faltam algumas fases do processo. A história está no papel, isso acabou. A parte mais longa e mais difícil. Diria que constitui uns 85% do tal processo. O resto é que ainda falta fazer.

Já fiz uma primeira revisão, moleza, a história já está no papel. Agora falta passar para os meus leitores de confiança, aqueles que leem tudo em primeira mão, quentinho, saído do forno. Falta o feedback deles. Falta pesar suas opiniões e sugestões. E fazer as alterações de acordo. E depois faltará a revisão final, aquela para catar coisas minúsculas que tendem a passar despercebidas por várias vezes. Aí sim, acabou pra valer. Mas tudo isso é fácil, o importante é que a história já está no papel.

Depois que você consegue encará-la fisicamente, seja porque ela está impressa ou na tela do computador, tudo fica mais fácil, mais leve. Tudo que veio antes passa a compensar e mal se pode esperar para começar tudo de novo. É esse espaço entre um ponto final e outro, com tudo de negativo e positivo que acarreta, que me move.

Até chegar à última página. Ao ponto final. E aí procurar pelo próximo, mesmo sem saber exatamente onde ele vai estar. Mas o importante é que a história esteja no papel. O ponto final você encontra depois.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Reunião de Pauta 1: Stallone vs. Schwarzenegger

Já havíamos feito outros vídeos para o Delfos. Começamos com dois videoreviews. O primeiro, sobre Avatar, com direção minha e apresentação e pauta de Carlos Eduardo Corrales, você encontra aqui. O segundo, sobre Zumbilândia e com os papéis trocados, acabou não saindo devido a problemas técnicos.

Depois experimentamos, para o aniversário de sete anos do site, fazer uma entrevista com o Corrales. Novamente direção minha (agora com três câmeras!), perguntas enviadas pelo público e condução de Bruno Sanchez. Saiu em duas partes, que você pode assistir aqui e aqui.

Dessa vez a coisa foi diferente. Foi a primeira incursão da turma do site pelo maravilhoso mundo da ficção, num curta estrelado por parte da equipe delfiana. A discussão, durante uma das reuniões de pauta, gira em torno de qual ícone do cinema de ação dos anos 1980 é melhor: Sylvester Stallone ou Arnold Schwarzenegger?

Direção minha, com roteiro escrito por mim e pelo Corrales. Filmado com poucos recursos e cheio de piadas próprias que o público do Delfos já conhece muito bem, tirei algumas conclusões após assisti-lo finalizado pela primeira vez. Primeiro: Homero de Almeida é impossível de focalizar, quase como aquele cara do Desconstruindo Harry. Segundo: jamais ponha alguém com mal de Parkinson para fazer câmera na mão.

Para finalizar, mais um crédito precisa ser devidamente dado: todos os vídeos foram editados por Homero de Almeida. Sem dúvida a função mais difícil e menos divertida, não fazer transparecer o monte de eventuais escorregadas cometidas durante as filmagens.

Assista aqui a Reunião de Pauta 1: Stallone vs. Schwarzenegger.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Protegendo o Inimigo


Filme de ação genérico, previsível e sem grandes atrativos. Parece um filme do Tony Scott (mas não é), com sua direção e montagem epiléticas, e isso não é nada bom.

No elenco, a presença de Denzel Washington, Ryan Reynolds, Vera Farmiga, Brendan Gleeson, Sam Shepard, Rubén Blades e Robert Patrick.

Clique aqui para ler minha resenha no Delfos.

quinta-feira, 8 de março de 2012

John Carter: Entre Dois Mundos


Uma mistura de aventura, fantasia e ficção científica onde o veterano da Guerra Civil dos EUA John Carter vai parar no planeta Marte e acaba se tornando o herói do lugar ao usar seus novos superpoderes na guerra civil marciana.

Baseado na obra de Edgar Rice Burroughs, conta no elenco com Taylor Kitsch, Lynn Collins, Samantha Morton, Willem Dafoe, Thomas Haden Church, Mark Strong, Ciarán Hinds, Dominic West, James Purefoy, Daryl Sabara e Bryan Cranston.

Apesar da trama sem pé nem cabeça, o filme é bem divertido. Leia aqui minha resenha no Delfos.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Capangas Contratados – Episódio 14

Inaugurando a segunda metade da temporada, um singelo episódio sobre a filosofia da mortalidade autoinfligida e os diferentes métodos para se obtê-la.

terça-feira, 6 de março de 2012

Confira os ganhadores da promoção de fevereiro da Toró


A promoção de fevereiro da Toró Na Cuca se encerrou e agora foram divulgados, no site da editora, os nomes dos felizes ganhadores de cópias dos romances O Rabo do Cachorro – Uma Aventura Pop Cinco Estrelas e do meu Espaços Desabitados.

A todos aqueles que participaram enviando e-mails, muito obrigado. Aos vencedores, parabéns. E para aqueles que não ganharam, calma. Outras promoções virão.

Clique aqui para conferir os vencedores.