sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os filmes da Marvel – Parte final


Leia também:

Concluindo a retrospectiva de filmes baseados nos personagens da Marvel Comics. Todas as películas desta lista e das partes anteriores chegaram ao Brasil, mesmo que alguns tenham saído apenas em vídeo.


O Justiceiro: Em Zona de Guerra (2008)

A terceira tentativa de fazer um bom filme do Justiceiro. Esse aqui bateu na trave. Ray Stevenson é a imagem escarrada da versão Max do personagem (especialmente das capas de Tim Bradstreet), a diretora Lexi Alexander realiza toda a violência característica que um filme dele merece, mas a dupla de vilões caricatos, destoando completamente do resto da produção, coloca tudo a perder e descamba em mais um filme ruim, meia-boca no máximo. Outro fracasso de bilheteria, e parece que agora o Justiceiro não volta mais ao cinema...


X-Men Origens: Wolverine (2009)

O primeiro filme solo de um personagem do universo dos X-Men. Não poderia ser outra escolha a não ser o mais popular deles. Contudo, nessa mania de querer encaixar personagens violentos em filmes de censura livre, as garras de Wolvie se tornam inúteis. A história é ruim, cheia de buracos, personagens adorados (como Deadpool) são completamente descaracterizados e o filme ainda sofre do mesmo erro de X-Men – O Confronto Final: a grande concentração de mutantes conhecidos por metro quadrado, para satisfazer os instintos “Onde Está Wally?” dos fãs, mas que nada ajudam na trama. Péssimo.


Homem de Ferro 2 (2010)

Repete os mesmos erros da primeira aventura do ferroso, mas não copia todos os acertos. Resultado: é inferior ao primeiro, mas a verdade é que não é tão ruim quanto foi alardeado à época. É o tipo de filme que melhora muito quando revisto. Tony Stark continua um ótimo personagem, há uma participação maior de Nick Fury, a estreia da Viúva Negra e boas cenas de ação. Merece uma reavaliação.


Kick-Ass – Quebrando Tudo (2010)

Baseado numa HQ do selo Icon, de autoria de Mark Millar e John Romita Jr., imagina o que aconteceria no mundo real, se um adolescente nerd resolvesse imitar os heróis dos quadrinhos e se tornar um vigilante mascarado. Hilário, violento, e completamente insano. Que o diga a Hit-Girl, aquela menininha dá medo. Uma ótima pedida. Você encontra a resenha aqui.


Thor (2011)

Sempre achei o personagem uma porcaria (salvo a versão ultimate) e suas HQs intragáveis, mas o filme foi uma grata surpresa. Não imaginava que seria tão engraçado quanto foi, beirando o pastelão em alguns momentos. Mas de resto, é apenas ok no geral. E o Gavião Arqueiro faz uma ponta, dando mais um passo para a formação dos Vingadores.


X-Men: Primeira Classe (2011)

Tinha cara de que seria uma bomba, muito por culpa do material de divulgação tosco (especialmente os cartazes), mas revelou-se uma grande surpresa positiva. Recém saído do ótimo Kick-Ass, Matthew Vaughn entrega mais um bom filme, o melhor da franquia mutante depois de X-Men 2, ainda que ele não se encaixe exatamente com a trilogia anterior, graças a muitas liberdades do roteiro. Mas a charmosa ambientação história e, sobretudo, o Magneto de Michael Fassbender, mais que compensam essas pequenas faltas. Leia a resenha.


Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)

Como no caso do Thor, este era mais um personagem pelo qual não tinha qualquer simpatia, e só fui ver o filme por “obrigação nerd”. E novamente gostei do que vi. Aventura à moda antiga, com jeitão de matinê. E o último filme antes de finalmente juntar toda essa turma como Vingadores. Vale a assistida.


Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (2012)

Melhor que o primeiro, colocando a história completamente de lado e centrando na ação, assumindo de vez o trash. Contudo, completamente desnecessário e facilmente esquecível. E Nicolas Cage, totalmente surtado, desistiu de vez de se levar a sério como ator. Se passar na TV, assista. Se não, sua vida não mudará em nada por causa disso.


Os Vingadores – The Avengers (2012)

Os planos a longo prazo do Marvel Studios dão bons frutos no primeiro filme que junta toda a galera como os maiores heróis da Terra. Um dos melhores blockbusters recentes, bem como uma das melhores comédias dos últimos tempos, graças à grande quantidade de piadas (todas ótimas) presentes. Cheio de referências e momentos saídos diretamente das páginas dos quadrinhos, é um filme cheio de nerd pride e o melhor longa do Marvel Studios até aqui. Conseguiram cumprir plenamente o que prometeram desde o primeiro Homem de Ferro. Leia aqui a resenha.


O Espetacular Homem-Aranha (2012)

O reboot do amigão da vizinhança é a maior decepção com um filme de super-herói que eu já tive. O personagem mais popular da Marvel merecia, especialmente após a grande trilogia de Sam Raimi, um tratamento muito melhor nas telas, e não essa produção mequetrefe. Tudo piorou, a história dos pais de Peter – que não interessa a ninguém – a origem do herói, o vilão, o uniforme, os exageros de roteiro. A condução morna do diretor Marc Webb é só a cereja dessa produção chocha de dar dó. Vão ter que melhorar muita coisa na sequência, mas o melhor a fazer seria mesmo rebootar de novo a franquia e trazer Sam Raimi de volta. É só não empurrarem o Venom pra cima dele que fica tudo certo.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

The Killers e Werner Herzog

O novo disco do The Killers, Battle Born, saiu semana passada. Gosto muito da banda. Dessas que reciclam o som dos anos 80, acho-os os melhores. Mas ainda não decidi se gostei ou não, continuo em processo de audição. O que importa é que, para marcar o lançamento, o grupo fez um show em Nova York transmitido ao vivo pelo YouTube. A direção do evento ficou a cargo do cineasta alemão Werner Herzog (Aguirre, Fitzcarraldo, a refilmagem de Nosferatu e o mais recente O Sobrevivente).

Eu queria colocar o vídeo do show inteiro. Até porque não cheguei a assistir inteiro e dessa forma já saberia direto aonde ir, mas tiraram do ar. Enquanto ele não ressurge por aí, abaixo vão cinco músicas da apresentação.



 

 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os filmes da Marvel – Parte II


Leia também:

Continuando a rápida análise sobre todas as produções para o cinema baseadas em HQs da Marvel, confira a segunda parte.


Blade: Trinity (2004)

David S. Goyer, escritor dos Blades anteriores, assume aqui a direção também e coloca o herói para enfrentar ninguém menos que Drácula. E também adiciona uns sidekicks de quebra. A crítica considerou esta a pior aventura do herói e um final ruim para a trilogia do caçador de vampiros. Assisti ao filme apenas alguns meses atrás e gostei, talvez por esperar algo bem pior do que o que assisti na realidade. Achei melhor que o segundo, pelo menos.


Elektra (2005)

Eis que Demolidor ganha um spin off estrelado pela ninja interpretada novamente por Jennifer Garner. De novo, se seguissem à risca as histórias da personagem escritas por Frank Miller, seria um filmão. Optaram por desvirtuar tudo e fazer o que desse na telha dos produtores. Não podia dar certo, como não deu. Este é um dos piores filmes de um personagem da Marvel. Assista para passar raiva. E só para isso.


O Homem-Coisa: A Natureza do Medo (2005)

Se Elektra é um dos piores, esse aqui é campeão. O negócio é tão ruim que a Marvel fez de tudo para escondê-lo e muita gente nem sabe que ele existe. Ele sequer foi exibido nos cinemas dos EUA, embora tenha chegado às telonas em outras partes do mundo. Tosco, sem dinheiro, enrolão pra caramba, trash até a medula (no mau sentido). Mezzo policial, mezzo terror, inteiro ruim. Quem quiser ver o Homem-Coisa vai ficar só na vontade, ele mal aparece no próprio filme. Só de relance, lá pro final. Um lixo completo.


Quarteto Fantástico (2005)

O foco aqui era fazer um filme família, visto que o Quarteto Fantástico é uma família. Sacou a jogada “esperta” do estúdio? Bom, nesse quesito, conseguiram. Tem a maior cara mesmo de Sessão da Tarde, é divertido e a relação entre o Tocha Humana e o Coisa rende boas piadas. Mas é pouco quando se entra numa análise mais hardcore da parada. E o que fizeram com o Dr. Destino, um vilão clássico, daqueles que se acha o melhor em tudo e ri diabolicamente de seus próprios estratagemas, aqui transformado num pamonha, é imperdoável.


X-Men – O Confronto Final (2006)

Bryan Singer trocou os X-Men pelo Superman e a direção do terceiro X-filme foi para Brett Ratner, operário-padrão, esforçado, mas sem o mesmo talento. Resultado: entupiu o filme de mutantes e botou muita história para pouco tempo de projeção, especialmente levando-se em conta que ele privilegiou a ação à narrativa. Não é ruim, mas, comparado aos seus antecessores, perde de lavada.


Motoqueiro Fantasma (2007)

O mesmo Mark Steven Johnson que dirigiu Demolidor ganha uma segunda chance com um novo personagem, o Motoqueiro Fantasma. O filme é melhor que o do Homem Sem Medo, especialmente levando-se em conta que se trata de uma produção censura livre de um personagem que casaria melhor com uma atmosfera adulta e violenta de terror. Mas já que foi feito assim, até que dá pra assistir numa boa. Mas beira o dispensável. Leia aqui a resenha.


Homem-Aranha 3 (2007)

Taí um bom exemplo do que acontece quando os produtores interferem onde não devem. Me lembro claramente de umas duas ou três entrevistas de Sam Raimi onde ele dizia com todas as letras que não gostava do Venom e jamais o usaria num filme do Aranha. E quem é que está nessa terceira aventura? Ora, Venom! Junto do Homem-Areia e do novo Duende Verde. É muita gente, fizeram retcon, bagunçaram a morte do tio Ben, Peter vira emo quando fica mau... Contudo, mesmo com muita coisa errada, o resultado é bastante positivo (eu gosto) e o longa arrecadou bem. Mas os fãs chiaram, a crítica caiu matando e Sam Raimi levou injustamente muito da culpa. Até tentaram mantê-lo para um quarto filme, mas ele pulou fora e acabaram rebootando a franquia.


Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

Mantiveram a proposta do filme família, mas tentaram dar um upgrade com a presença do Surfista Prateado. Não funcionou. Achei inferior ao primeiro. O Surfista em CGI ficou fake em demasia, o Dr. Destino continuou descaracterizado e, o maior dos pecados, Galactus, que todo mundo queria ver devorando planetas no cinema, foi transformado numa broxante... nuvem! Mais um Sessão da Tarde para ser assistido sem grandes exigências ou expectativas. Outra franquia que será rebootada em breve.


Homem de Ferro (2008)

Produção inaugural do Marvel Studios, o braço cinematográfico da editora, criado para manter maior controle criativo sobre as versões na telona de seus personagens. E seu primeiro longa não poderia ser melhor. O Homem de Ferro nunca foi tão popular quanto depois de seu primeiro filme. Uma aventura de qualidade, que ressuscitou a carreira de Robert Downey Jr. e plantou a semente para um universo Marvel unificado no cinema. Leia aqui minha resenha.


O Incrível Hulk (2008)

Essa segunda tentativa de emplacar uma franquia do Gigante Esmeralda não chega a desconsiderar a produção anterior, mas também não se prende a ela. E aqui privilegia muito mais a ação em detrimento do lado psicológico do personagem. Só esqueceram de avisar isso ao Edward Norton, que brigou com diretor e produtores para dar mais dimensão ao seu personagem. Perdeu a peleja e o filme perdeu com isso de um modo geral. Pancadaria sem conteúdo, beirando o genérico. Nenhuma surpresa aqui, além da ponta de Tony Stark, continuando a unificação dos filmes do Marvel Studios. Leia aqui a resenha completa.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ted


O primeiro filme em live action dirigido por Seth MacFarlane, o criador e dublador dos desenhos Family Guy/Uma Família da Pesada, American Dad e The Cleveland Show.

Eu amava Family Guy. É o tipo de humor que eu adoro: cínico, sacana e sem nenhum pudor de ser politicamente incorreto. Mas as duas últimas temporadas foram medonhas de tão ruins.

Felizmente, o filme resgata muitos dos bons momentos de Peter Griffin e companhia. Pode não ser um baita longa, mas é uma boa comédia com um estilo de humor que poucos tem coragem de fazer nesses tempos caretas. Vale a pena.

No elenco estão Mark Wahlberg, Mila Kunis, Joel McHale, Giovanni Ribisi, Patrick Warburton e as vozes de Patrick Stewart e Seth MacFarlane.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sobre a falta do que falar


Com o fim da temporada de Vida e Obra de um Ninguém e a decisão de dar um tempo antes da publicação da segunda temporada de Capangas Contratados, lá se vai uma postagem semanal garantida aqui neste blog. Toda semana, no mesmo dia, vendia o peixe e/ou contava umas histórias de “bastidores” sobre a Sitcom em questão. Era a certeza de que ao menos uma postagem haveria.

Mas agora isso chegou ao fim (momentaneamente), então cabe avisar que, muito provavelmente, o blog, que já não é exatamente um campeão em número de postagens, pode sofrer uma frequência de posts ainda menor. Mas ele não vai morrer, no máximo ficar parado por dois ou três dias. Quatro talvez...

Queria ter a capacidade de sempre ter assunto para postar cinco dias por semana, mas não consigo. E nem quero virar refém dessa plataforma, tendo que tirar temas do nada e forçar a barra só para manter a regularidade. Quando tiver algo para falar, será falado. Sou adepto da filosofia do “se não tem nada de bom pra dizer, fique de boca fechada”.

O blog foi criado com fins de divulgação. O trabalho principal é na Toró Na Cuca. Ele seria só mais uma ferramenta para ajudar no crescimento da editora. Mas as coisas cresceram e tomaram outras proporções. Passei a gostar de escrever aqui, é um bom exercício, já falei sobre isso em outros textos. Jamais imaginei que ia gostar de manter um blog, isso não tem nem de longe a minha cara, mas não é que a vida é cheia de surpresas?

Por isso reforço que não vou abandonar esse espaço (ao menos não tão cedo). Tentarei manter uma média de três posts por semana, que é o mínimo que tenho feito até este momento. Mas pode ser que em algumas semanas esse objetivo falhe por não ter nada de bom para colocar aqui. Ou pode ser que, em algumas semanas, como já aconteceu várias vezes, o negócio fique mais animado, com quatro ou cinco posts semanais. Sábados e domingos vão continuar às moscas, como sempre. Neles, passo longe desse negócio de computador. Dou um descanso aos olhos cansados.

Tudo isso para dizer algo que talvez você nem notasse a diferença se eu não tivesse avisado. E para criar mais um post, afinal, às vezes até a falta de ter o que dizer rende um bom assunto.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Os filmes da Marvel – Parte I


Continuando a retrospectiva das adaptações de HQs para o cinema das duas grandes editoras dos EUA, chegou a hora de fazer o apanhado do longas baseados em personagens da Marvel Comics, a editora mais popular e a que mais consegue acertar nessa transposição de mídias, com muitos filmes bons (e alguns erros crassos, é verdade) e várias franquias lucrativas.

Vale lembrar, só entraram na lista filmes feitos a partir do boom das adaptações de quadrinhos, que aconteceu justamente a partir do lançamento do primeiro longa dessa matéria. Filmes anteriores, deixei de fora, mas pode ser que faça uma outra matéria só falando deles, veremos o que acontece. Por ora, sigamos em frente.


Blade – O Caçador de Vampiros (1998)

A Marvel aposta em um filme de ação tradicional, estrelado por um personagem de terceiro escalão, e se dá bem. Foi um baita sucesso, levantou a carreira de Wesley Snipes e abriu as porteiras para novas adaptações, apagando o fiasco Batman & Robin, do ano anterior. Os efeitos especiais envelheceram mal, mas o filme ainda é bastante divertido. 


X-Men: O Filme (2000)

Com o sucesso de Blade, a Marvel viu que dava pra fazer um bom trabalho nas telas e ganhar dinheiro com isso e liberou logo seu principal grupo de heróis para uma tentativa no cinema, embora ainda com certas ressalvas, no caso um orçamento modesto da Fox para uma produção desse tipo. Bryan Singer gerenciou bem o dinheiro, descobriu Hugh Jackman e fez um ótimo filme apresentando os mutantes ao público do cinema. Agora que um medalhão também se provara bem sucedido, ninguém mais pararia os heróis Marvel. 


Blade II – O Caçador de Vampiros (2002)

Guillermo Del Toro assume a direção e usa este filme como laboratório para fazer posteriormente Hellboy. Mais personagens, mais ação e mais efeitos especiais. A crítica e os fãs gostaram mais que o primeiro, mas na época o assisti e achei bastante bobo, tanto que nunca mais o revi inteiro. E só no Brasil mesmo para repetirem o mesmo subtítulo dado ao primeiro filme!


Homem-Aranha (2002)

O mais popular personagem da Marvel, após anos de tentativas, finalmente chega aos cinemas pelas mãos de Sam Raimi, fã confesso do personagem. E ele entrega aquele que seria usado como base para quase todos os filmes de origem. Os efeitos especiais já eram ruins na época, hoje são ainda piores. Mas o filme como um todo continua muito bom. Leia minha resenha aqui.




Demolidor – O Homem Sem Medo (2003)

O Demolidor é um personagem bacana que poderia ganhar um ótimo filme, próximo de um Batman, era só pegar a fase de Frank Miller no gibi como base. Ao invés disso, fizeram uma mistureba meia boca com um diretor medíocre e Ben Affleck como protagonista. Confesso que caí nessa quando assisti pela primeira vez: achei legal. Mas não sobreviveu a uma segunda vez e todos os seus muitos defeitos saltaram aos olhos. Não chega a ser uma desgraça completa, mas está longe de ser bom. O personagem merecia mais. Ganhará um reboot nos próximos anos.


X-Men 2 (2003)

Agora com mais dinheiro e mais à vontade, e com uma graphic novel clássica dos personagens como base (Deus Ama, o Homem Mata), Bryan Singer faz o melhor filme dos mutantes até hoje. Desde a sequência de abertura já clássica, com o ataque de Noturno à casa branca, passando por Wolverine defendendo a escola dos soldados, ao final com seu gancho fazendo alusão a uma das sagas mais queridas dos X-Men, é tudo uma beleza.


Hulk (2003)

A ideia era boa, chamar o artístico Ang Lee para dirigir um filme cabeça de super-heróis, contando com um elenco afiado e privilegiando a ação psicológica à física. Pena que não deu certo. O filme se estende além da conta, os cachorros Hulk são uma vergonha e o Hulk em si ficou artificial demais. Valeu pela tentativa de sair do lugar-comum e pela montagem esperta, cheia de divisões de tela, como os painéis de uma HQ.


O Justiceiro (2004)

O anti-herói já havia ganhado um filme tosco estrelado por Dolph Lundgren no fim dos anos 80, mas agora seria a versão “valendo”, após o boom das HQs no cinema. O tiro saiu pela culatra. Frank Castle na ensolarada Miami? John Travolta como um mafioso genérico? Ao menos tentaram usar uma das melhores fases dos quadrinhos, a passagem do ensandecido Garth Ennis pelo título, mas nem isso salvou. Foi um baita fracasso, e no Brasil foi direto pra vídeo depois de muita enrolação.


Homem-Aranha 2 (2004)

Sam Raimi, com mais liberdade criativa, imprime mais de seu tresloucado estilo próprio a esta película, fazendo mais um exemplar para figurar em qualquer lista de melhores filmes baseados em histórias em quadrinhos de todos os tempos. Confesso que quase chorei na cena do trem. O melhor filme do amigão da vizinhança até aqui.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vida e Obra encerrada


O 13º e último episódio de Vida e Obra de um Ninguém foi ao ar semana passada. Agora, é hora de fazer aquele balanço tradicional. De modo geral, gostei muito mais de escrever estes 13 episódios do que todos os 42 de Capangas Contratados (estou contando aí também os episódios da segunda temporada, que já estão no papel).

Foi mais prazeroso de produzir, bem como de ler. Mas claro, só posso falar por mim. O fato é que Capangas sempre foi apenas uma brincadeira com estilos, gêneros e referências. Gosto de tudo isso, mas não me identifico exatamente. Como já devo ter dito num dos textos relacionados a essa Sitcom, não saio por aí dando tiro nos outros ou extorquindo taxas de proteção.

Vida e Obra tem o elemento do pé no chão. Tem muita coisa de verdade, grandes pedaços biográficos, tanto para o protagonista quanto para o autor. Só isso já é suficiente para ela me ser muito mais atraente. Para que eu tenha um carinho especial por ela.

Gostei muito do resultado. É difícil eu ficar satisfeito com um trabalho, mas esse conseguiu. Claro que há sempre uma coisinha ou outra que mudaria se pudesse, isso é normal, faz parte do ofício. O que importa é que consigo acreditar nas tramas (ao menos na maioria delas) e nos personagens. Não só porque eles existem de fato e grande parte dessas coisas aconteceu mesmo. E daí que é verdade? Se eu tivesse escrito mal, ninguém ia acreditar nisso, nem mesmo eu. Acho que essa tarefa, ao menos, eu consegui realizar de maneira satisfatória.

Existem muitas outras histórias a serem contadas. Muita coisa boa ficou de fora e a série poderia ter tido facilmente o dobro de sua duração. Mas eis a encruzilhada: não vou retomá-la. Para mim, essa temporada fechou redonda, e tudo que viesse depois seria apenas repetição do mesmo tema. E, para ser bem franco, esse formato de Sitcom Literária me deu uma cansada (e apesar de ter tido um retorno legal, foi longe do esperado), e preciso de um bom tempo longe dele, se é que vou retomá-lo. Claro, tem a segunda temporada do Capangas, mas depois, quem sabe...

Talvez eu conte essas outras histórias num formato diferente, talvez até em romance, como era para ter sido originalmente, mas isso é coisa bem para o futuro. Tenho outras histórias na fila para tirar da cabeça antes. Talvez eu as acabe deixando de lado e esquecendo, é sempre uma possibilidade.

Não posso encerrar sem antes retomar outro tema bastante falado sobre essa série, seu protagonista e a pessoa que o inspirou. Outro dia minha mãe disse exatamente a mesma coisa que o parceiro Jean Di Barros me falou tantas vezes quando conversávamos sobre a série: seu pai vai pegar mal.

Eu realmente espero que não e reforço que essa nunca foi a intenção. Apesar de não termos o melhor relacionamento do mundo, jamais pretendi usar essa narrativa para descontar mágoas ou como sessão de terapia. Só achei que, apesar de nossos problemas, meu pai é uma figura e tem um monte de histórias interessantes que mereciam ser contadas, ou que inspiraram tramas mais exageradas.

Não perco meu tempo falando de quem não gosto e muito menos escreveria 13 episódios apenas para aplacar qualquer tipo de rixa pessoal. Pelo contrário, não dizem que a sátira é uma das melhores formas de lisonja? Pois então.

Sendo assim: pai, se algum dia você ler a série e este texto aqui, espero que não leve a mal, e sim como uma homenagem. Meio torta, até um pouco sacana, mas ainda assim de boa intenção. Histórias boas devem ser contadas, e as que você inspirou foram feitas com todo carinho possível.

Seja como for, agora estão encerradas. Vida e Obra de um Ninguém está oficialmente terminada. E tenho dito.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Realidades Adaptadas


Aproveitando o lançamento da refilmagem de O Vingador do Futuro, a editora Aleph lança essa coletânea com os sete contos de Philip K. Dick que foram adaptados para o cinema, a maioria deles, virando ótimos filmes.

Uma ótima ideia (ninguém tinha feito isso antes) e grande qualidade em todas as sete histórias. Para fãs de ficção científica, seja na literatura ou no cinema, é uma grande pedida.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ParaNorman


Animação em stop motion do mesmo estúdio de Coraline e o Mundo Secreto. Temática macabra, muitas referências a filmes de terror, situações de humor negro e, o mais importante: zumbis. Taí uma excelente animação infantil (e, acredite, ela de fato é destinada às crianças).

No elenco, as vozes de Kodi Smit-McPhee, Anna Kendrick, Casey Affleck, Christopher Mintz-Plasse, Leslie Mann, Jeff Garlin, Alex Borstein e John Goodman.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Legado Bourne


Quarto filme da franquia Bourne e o primeiro sem Matt Damon no papel principal. Quem assume o legado é o bom Jeremy Renner. Já a direção ficou a cargo de Tony Gilroy, roteirista da série. O filme é bacaninha, mas fica bem longe da qualidade da trilogia original.

Completam o elenco Scott Glenn, Stacy Keach, Edward Norton, Rachel Weisz, Albert Finney, Joan Allen e Oscar Isaac.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Tenho o costume de boicotar alguns filmes quando sua campanha de divulgação me irrita. Doze anos atrás, em absolutamente todo filme que ia ver no cinema, passava o trailer do Cowboys do Espaço, do Clint Eastwood. Devo ter visto o dito cujo umas 20 ou 30 vezes, até fazer bico. Só de raiva, resolvi boicotar o filme. Doze anos se passaram e ainda não assisti Cowboys do Espaço.

Este ano, a mesma coisa. Toda vez que ia ao cinema, era agraciado pelo trailer de Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros. Tinha toda pinta de ser porcaria e, ainda por cima, tinha que assistir sempre o mesmo trailer em todo filme que eu ia ver? Esquece, já estava pronto para boicotá-lo. Eis que chega o convite para a cabine... Dessa vez não deu para ignorar, acabei assistindo.

Fazem parte do elenco Benjamin Walker, Dominic Cooper, Anthony Mackie, Mary Elizabeth Winstead e Rufus Sewell.

Quer saber se eu estava certo quanto à qualidade do negócio e se ele deve mesmo ser boicotado? Então clique aqui e leia minha resenha no Delfos.