2012
ficou para trás e está na hora de fazer o balanço cinematográfico do ano que
passou. Dessa vez não fiz minha lista de melhores filmes no Delfos, minha matéria do especial de fim de ano do site foi essa aqui. Portanto, resolvi colocar minha seleção direto aqui no meu blog.
Sendo
assim, optei não pela tradicional lista de cinco filmes, escolhi dessa vez os
meus 10 favoritos. Bem como duas decepções e dois dos piores longas do ano.
Dividi a matéria em duas partes, portanto, teremos aqui cinco dos melhores, uma
decepção e um pior. Na semana que vem, publico os cinco primeiros colocados e
mais uma decepção e um pior.
Vale
lembrar, os critérios para seleção foram apenas filmes que estrearam nos
cinemas brasileiros em 2012 ou foram lançados aqui direto em vídeo no ano em
questão, não importando que tenham estreado em seus países de origem em anos
anteriores. Vamos lá, começando pela décima posição.
10 – Anjos da Lei (21 Jump Street – EUA – 2012)
Esse
remake da série de TV que revelou Johnny Depp ao mundo provou-se uma grata
surpresa. Do seriado mesmo, só aproveitaram a premissa de tiras jovens
infiltrados em escolas. Todo o resto foi mudado e transformado numa comédia
hilária, que esculacha desde a própria série original, até clichês de filmes de
ação hollywoodianos. E funcionou muito bem. Risadas garantidas num filme
despretensioso e muito bem feito. Destaque para o momento em que a dupla de
policiais experimenta a droga cujo tráfico estão tentando combater. Excelente comédia.
9 – Dredd (idem
– Reino Unido/EUA/Índia – 2012)
Este
aqui eu assisti aos 45 minutos do segundo tempo e confesso que fiquei algum
tempo indeciso entre ele e Looper:
Assassinos do Futuro. Optei pelo novo longa do Juiz Dredd por ser aquele
filme do qual não esperava nada e que me surpreendeu bastante. É uma produção
pequena, com orçamento modesto e sem grandes astros, bem diferente do filme do
Stallone (do qual, admito, eu gosto). E é muito melhor. Violento, sanguinolento
e muito eficiente, me lembrou dos melhores momentos do cinema de ação
“ignorante” dos anos 80, do tipo “atire primeiro, pergunte depois”, com sangue
jorrando aos borbotões a cada tiro. Para quem gosta do gênero, como eu, um
prato cheio.
8 – 2 Coelhos (Brasil
– 2012)
Quem
disse que o Brasil não pode fazer filmes com bons efeitos especiais e com uma
trama de ação voltada puramente para a diversão? 2 Coelhos é a prova que é possível e com um excelente resultado. E
ele não se sustenta só nos efeitos e na edição frenética. Tire isso e o longa
caminha muito bem por si só, provando que tem substância além do gimmick. A história policialesca cheia
de reviravoltas me lembrou os filmes do Guy Ritchie e os diálogos são alguns
dos melhores do cinema nacional. Que venham outros nesse estilo, precisamos
deles.
7 – Intocáveis (Intouchables
– França – 2011)
A
melhor comédia do ano. Acabei assistindo sem saber nada sobre a história,
apenas para conferir por que todo mundo estava falando tanto dele. Ri tanto que
cheguei a lacrimejar em vários momentos. O ator Omar Sy, como Driss, é a grande
força da produção, mas a história, baseada em fatos reais, tem muitos outros
méritos. Só a cena de Driss e Philippe já vale o filme. Para rir até não poder
mais.
6 – Operação Invasão (Serbuan Maut – Indonésia/EUA – 2011)
Este
aqui passou em festivais e depois saiu direto em vídeo, com um nome
extremamente genérico. Uma pena, pois o mundano título Operação Invasão não reflete o quanto essa co-produção
Indonésia/EUA é excelente. Na trama, um batalhão da polícia indonésia invade um
prédio decrépito para uma operação rotineira contra um traficante de drogas,
mas as coisas saem terrivelmente errado. Ainda bem, pois assim temos um dos
melhores e mais dementes filmes de ação que assisti em muito tempo. Tiroteios e
artes marciais non-stop. Logo, logo
vira cult. Enquanto isso vai pegando
poeira nas prateleiras das poucas locadoras que sobraram.
Decepção
Prometheus (idem
– EUA/Reino Unido – 2012)
Alien
é um dos meus filmes favoritos. Portanto, quando Ridley Scott anunciou que
retornaria ao universo dos xenomorfos para uma prequência, esperava algo do
mesmo nível do filme de 1979. Ao invés disso, assisti algo do nível dos longas
mais recentes do diretor, algumas boas ideias soterradas por um monte de
equívocos. Mesmo com toda a boa vontade do mundo, não deu para evitar a
decepção. O filme em nada lembra O Oitavo
Passageiro. E em alguns momentos até parece um terrorzinho adolescente
rasteiro. Mais sobre minha decepção com Prometheus,
você pode ler neste post.
O pior
Sweatshop – A Última Rave (Sweatshop – EUA – 2009)
O
pior slasher que eu vi em muito
tempo. Uma porcaria completa, nada se salva. Cada aspecto da produção é tosco
no último, dos atores ao trabalho de câmera. Não tem nem mesmo aquele fator de
diversão trash onde você fica
torcendo para adivinhar quem será o próximo ao morrer. Ao invés disso ficava
contando os minutos para essa porcaria acabar e eu poder fazer qualquer coisa
mais divertida, como ver tinta secar. Mais argumentos sobre porque esse filme é
ruim de doer você encontra na minha resenha.