sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os melhores filmes de 2012: Parte I


2012 ficou para trás e está na hora de fazer o balanço cinematográfico do ano que passou. Dessa vez não fiz minha lista de melhores filmes no Delfos, minha matéria do especial de fim de ano do site foi essa aqui. Portanto, resolvi colocar minha seleção direto aqui no meu blog.

Sendo assim, optei não pela tradicional lista de cinco filmes, escolhi dessa vez os meus 10 favoritos. Bem como duas decepções e dois dos piores longas do ano. Dividi a matéria em duas partes, portanto, teremos aqui cinco dos melhores, uma decepção e um pior. Na semana que vem, publico os cinco primeiros colocados e mais uma decepção e um pior.

Vale lembrar, os critérios para seleção foram apenas filmes que estrearam nos cinemas brasileiros em 2012 ou foram lançados aqui direto em vídeo no ano em questão, não importando que tenham estreado em seus países de origem em anos anteriores. Vamos lá, começando pela décima posição.


10 – Anjos da Lei (21 Jump Street – EUA – 2012)

Esse remake da série de TV que revelou Johnny Depp ao mundo provou-se uma grata surpresa. Do seriado mesmo, só aproveitaram a premissa de tiras jovens infiltrados em escolas. Todo o resto foi mudado e transformado numa comédia hilária, que esculacha desde a própria série original, até clichês de filmes de ação hollywoodianos. E funcionou muito bem. Risadas garantidas num filme despretensioso e muito bem feito. Destaque para o momento em que a dupla de policiais experimenta a droga cujo tráfico estão tentando combater. Excelente comédia.


9 – Dredd (idem – Reino Unido/EUA/Índia – 2012)

Este aqui eu assisti aos 45 minutos do segundo tempo e confesso que fiquei algum tempo indeciso entre ele e Looper: Assassinos do Futuro. Optei pelo novo longa do Juiz Dredd por ser aquele filme do qual não esperava nada e que me surpreendeu bastante. É uma produção pequena, com orçamento modesto e sem grandes astros, bem diferente do filme do Stallone (do qual, admito, eu gosto). E é muito melhor. Violento, sanguinolento e muito eficiente, me lembrou dos melhores momentos do cinema de ação “ignorante” dos anos 80, do tipo “atire primeiro, pergunte depois”, com sangue jorrando aos borbotões a cada tiro. Para quem gosta do gênero, como eu, um prato cheio.


8 – 2 Coelhos (Brasil – 2012)

Quem disse que o Brasil não pode fazer filmes com bons efeitos especiais e com uma trama de ação voltada puramente para a diversão? 2 Coelhos é a prova que é possível e com um excelente resultado. E ele não se sustenta só nos efeitos e na edição frenética. Tire isso e o longa caminha muito bem por si só, provando que tem substância além do gimmick. A história policialesca cheia de reviravoltas me lembrou os filmes do Guy Ritchie e os diálogos são alguns dos melhores do cinema nacional. Que venham outros nesse estilo, precisamos deles.


7 – Intocáveis (Intouchables – França – 2011)

A melhor comédia do ano. Acabei assistindo sem saber nada sobre a história, apenas para conferir por que todo mundo estava falando tanto dele. Ri tanto que cheguei a lacrimejar em vários momentos. O ator Omar Sy, como Driss, é a grande força da produção, mas a história, baseada em fatos reais, tem muitos outros méritos. Só a cena de Driss e Philippe já vale o filme. Para rir até não poder mais.


6 – Operação Invasão (Serbuan Maut – Indonésia/EUA – 2011)

Este aqui passou em festivais e depois saiu direto em vídeo, com um nome extremamente genérico. Uma pena, pois o mundano título Operação Invasão não reflete o quanto essa co-produção Indonésia/EUA é excelente. Na trama, um batalhão da polícia indonésia invade um prédio decrépito para uma operação rotineira contra um traficante de drogas, mas as coisas saem terrivelmente errado. Ainda bem, pois assim temos um dos melhores e mais dementes filmes de ação que assisti em muito tempo. Tiroteios e artes marciais non-stop. Logo, logo vira cult. Enquanto isso vai pegando poeira nas prateleiras das poucas locadoras que sobraram.

Decepção


Prometheus (idem – EUA/Reino Unido – 2012)

Alien é um dos meus filmes favoritos. Portanto, quando Ridley Scott anunciou que retornaria ao universo dos xenomorfos para uma prequência, esperava algo do mesmo nível do filme de 1979. Ao invés disso, assisti algo do nível dos longas mais recentes do diretor, algumas boas ideias soterradas por um monte de equívocos. Mesmo com toda a boa vontade do mundo, não deu para evitar a decepção. O filme em nada lembra O Oitavo Passageiro. E em alguns momentos até parece um terrorzinho adolescente rasteiro. Mais sobre minha decepção com Prometheus, você pode ler neste post.

O pior


Sweatshop – A Última Rave (Sweatshop – EUA – 2009)

O pior slasher que eu vi em muito tempo. Uma porcaria completa, nada se salva. Cada aspecto da produção é tosco no último, dos atores ao trabalho de câmera. Não tem nem mesmo aquele fator de diversão trash onde você fica torcendo para adivinhar quem será o próximo ao morrer. Ao invés disso ficava contando os minutos para essa porcaria acabar e eu poder fazer qualquer coisa mais divertida, como ver tinta secar. Mais argumentos sobre porque esse filme é ruim de doer você encontra na minha resenha.

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