Essa
é a primeira esquete que escrevo para O
Que Tem Pra Hoje a ser filmada e a ir ao ar. Uma anterior bateu na trave
das dificuldades de produção, mas essa foi que foi.
Ela
nasceu bem diferente do que está no site oficial, página do Facebook, seção de vídeos da Toró Na Cuca e logo aí embaixo. Gosto muito do Monty Python (até
escrevi uma resenha sobre o Monty Python’s Flying Circus publicada no Delfos).
Talvez por isso ela tenha começado tão ao estilo da “inquisição espanhola”.
Na
reunião de roteiros, acabou sendo destrinchada pela equipe de escritores, foi
perdendo partes pelo caminho. No fim das contas, o Paulo “Magal” Leierer, vulgo
Magalhães, que é quem dá a palavra final nesse negócio, junto de Jean Di Barros, o Borges, gostou da ideia de
manter a parte do jornal, que originalmente era mero pano de fundo, e
transportá-la para o primeiro plano, transformando-a na essência do quadro.
Mexer
e remexer nesse roteiro foi uma experiência interessante, que fazia algum tempo
que eu não tinha. Ultimamente meus outros textos (romances, contos, episódios
do Capangas Contratados, posts do blog, etc... A exceção neste caso são as matérias para o Delfos) eram escritos sem a necessidade
imediata de agradar ninguém que não a mim mesmo num primeiro momento (agradar
também aos outros era consequência). Quanto menos alguém com poder de veto. Ter
que fazer algo “por encomenda”, seguindo orientações específicas, e tendo que
agradar não a si mesmo, mas a outra (s) pessoa (s) primeiramente é um bom
exercício contra a autoindulgência.
Faz
bem ao escritor ter que rebolar um pouco, quebrar a cabeça e tentar imaginar o
que – e como – agrada a alguém de gostos não necessariamente similares aos
seus. Faz bem operar fora do domínio do egocentrismo e ver que ainda é capaz de
produzir sob demanda. Se rolar umas risadas durante o processo, tanto melhor.
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