Leia também:
Na
última parte da matéria sobre o reboot
da DC, o último pacote de lançamentos é analisado. É nele que está a maior
surpresa positiva destes Novos 52, bem como o pior título do Homem de Aço. O
resto, como você já deve ter percebido nas partes anteriores, é só ruindade.
Aviso: O texto abaixo pode conter spoilers. Leia por sua conta e risco.
All-Star Western #1
A
revista é estrelada por Jonah Hex e se passa na Gotham City do século XIX,
deixando o caçador de recompensas acostumado ao oeste selvagem como um peixe
fora d’água na metrópole. Taí uma revista da qual já não me lembro mais nada a
respeito, o que diz muito sobre sua qualidade, embora admita que Jonah Hex e
suas histórias de faroeste também estão longe da minha preferência. A arte de
Moritat é mais uma que passa a impressão de desleixo por causa de pressa.
Devo acompanhar? Não.
Aquaman #1
Essa
é a grande surpresa do reboot, colocando os dois grandes astros atuais da
editora, o roteirista Geoff Johns e o desenhista brazuca Ivan Reis no título do
Aquaman pra ver se finalmente ele estoura ou se prova impossível de fazer
sucesso. Até agora tem sido muito divertido e essa edição número 1 é
simplesmente a melhor e mais engraçada das 52. Já falei muito sobre o Aquaman e
seu novo título nesse texto aqui. É a única revista (junto do Lanterna Verde)
que me deixa ansioso pela próxima edição. Indispensável.
Devo acompanhar? Acredite, deve.
Batman: The Dark Knight #1
Se
Batman and Robin é o melhor título do
Homem-Morcego, este aqui é, sem dúvida, o pior. A trama é ridiculamente
parecida com as de Batman e Detective Comics, ou seja, são
praticamente três revistas iguais, mas essa é a mais mal escrita. O que seria
seu grande trunfo, a arte detalhada de David Finch, sai pela culatra por sofrer
do “mal da pressa” que acomete tantos outros títulos desse projeto. Isso aqui
só serve para provar que quatro revistas do Batman são um exagero.
Devo acompanhar? Não.
Blackhawks #1 (Falcões Negros)
Antes,
os Falcões Negros eram um esquadrão de pilotos da 2ª Guerra Mundial. Agora, são
uma equipe contemporânea de soldados altamente treinados, em aventuras que
parecem uma mistura de Thunderbirds
com Missão: Impossível, só que sem
toda a diversão... Os esboços são de Graham Nolan, um dos meus artistas
favoritos nos anos 90, quando ele desenhava o Batman. Aqui, não há nem sinal da
arte da qual eu tanto gostava. Dureza. A saber, esta é mais uma das revistas
que já foram canceladas lá fora.
Devo acompanhar? Não perca seu tempo.
The Flash #1
Eu
gostava do Flash quando ele era Wally West. Não entendo porque Barry Allen
precisou voltar se toda uma legião de fãs cresceu com Wally. Pra piorar, de
certa forma ele é o responsável pelo reboot,
já que foi uma saga sua (Ponto de Ignição)
que deu a largada nessa reformulação. Ou seja, não consigo mais ler as
histórias do personagem sem ficar com um pé atrás. Enfim, seu novo título é um
dos poucos que tem a arte verdadeiramente caprichada, cortesia de Francis
Manapul, embora o novo design do uniforme, cheio de riscos, seja horroroso. A
história, contudo, ainda não disse a que veio. Mas nos últimos anos as
histórias do Flash sempre mantiveram um bom nível de qualidade, com uma ou
outra exceção. Mesmo com meu pé atrás com Barry Allen, estou disposto a lhe dar
uma chance.
Devo acompanhar? Pelo menos esse primeiro arco.
The Fury of Firestorm #1 (Nuclear)
A
nova revista do Nuclear utiliza Ronnie Raymond e Jason Rusch, que compunham no
Nuclear em sua encarnação pré-reboot,
mas agora os transforma em dois Nucleares separados que quando unidos viram um
Nuclearzão do mal, ou algo do gênero. Mais uma grande besteira com muita
enrolação e nenhum pingo de diversão. Ethan Van Sciver é coargumentista, mas
deveria mesmo é cuidar da arte desse negócio (a cargo de um tal de Yildiray
Cinar) pra ver se conseguia ter ao menos algo de bom nesse bagulho.
Devo acompanhar? Esqueça.
Green Lantern: New Guardians
#1
Essa
foi outra surpresa positiva para mim, visto que Kyle Rayner é meu Lanterna
Verde favorito e, como você deve ter percebido, ele é o protagonista dessa
revista. Primeiro o personagem ganha uma desnecessária atualização em sua
origem, com apenas alguns pequenos detalhes alterados. Depois a trama principal
começa, com anéis das outras tropas do espectro emocional rumando para a Terra
atrás de Kyle, informando que ele é o escolhido. Os donos dos anéis vão atrás
para tomar satisfação e a revista acaba antes de dar uma boa ideia de como será
a trama, assim como acontece em várias outras edições. Mas, você sabe, eu gosto
do personagem, estou disposto a ver onde isso vai dar.
Devo acompanhar? Sim.
I, Vampire #1
Outra
boa surpresa do pacote. Com os vampiros em alta novamente graças a esses
Crepúsculos da vida, a DC resolveu capitalizar na tendência com um título dos
Novos 52. Mas o climão aqui não é de romance adolescente, mas sim do bom e
velho terror, na história de um vampiro que caça outros de sua raça. Por
enquanto, pelos fatos já apresentados, parece ser à parte do resto da
cronologia do universo DC. E é mais uma das poucas belamente desenhadas. Aqui,
Andrea Sorrentino emula o traço fino de Mike Mignola.
Devo acompanhar? Sim.
Justice League Dark #1
Eu
já falei na minha análise de Demon Knights que odeio personagens
místicos/mágicos e histórias envolvendo magia e misticismo barato. Isso se
aplicava lá e se aplica aqui também, com essa versão sombria da Liga da
Justiça, formada justamente só por personagens com habilidades mágicas. Mais
uma bobeira sem tamanho. Mais um péssimo título.
Devo acompanhar? Não.
The Savage Hawkman #1 (Gavião Negro)
A
história começa com Carter Hall tentando se livrar do legado do Gavião Negro.
Mais tarde ele descobrirá que conseguiu justamente o oposto. No meio disso, uma
história sem graça nenhuma e sem qualquer atrativo. E já estou me cansando de
escrever sempre a mesma coisa, mas não posso fazer nada. O Gavião Negro sempre
foi um herói, no máximo, meia-boca, mas na época que Geoff Johns arrumou sua
cronologia ao menos ganhou algumas boas histórias. Aqui a coisa volta a ser
triste como sempre.
Devo acompanhar? Não.
Superman #1
Horrível.
É a palavra que resume bem não só o novo uniforme do Super-Homem (por que o ser
mais poderoso do mundo precisaria de uma armadura?) bem como essa primeira
edição. Esta é a revista do Super que se passa no presente da cronologia atual,
com o herói já estabelecido. George Pérez pisou na bola feio. Chata, travada e
verborrágica. É o completo oposto da divertidíssima Action Comics. Ah sim, é aqui que descobrimos que Lois Lane tem um
namorado, e não é Clark Kent. Grande coisa. Se a DC for esperta, entrega essa
revista também para o Grant Morrison e suas loucuras.
Devo acompanhar? Não.
Teen Titans #1 (Novos
Titãs)
Essa
aqui conseguiu uma façanha. Até o logo do título é feio pra danar! De resto, é
mais uma daquelas histórias que introduzem muito pouco e simplesmente não dá
pra saber se vai prestar ou não. Tem o Kid Flash fazendo besteira, pra variar.
Tem o Robin Vermelho dando uma de Batman em miniatura e tem o seu encontro com
a Moça-Maravilha. Aparentemente, os três serão o núcleo da equipe. É muito
pouco. E aparentemente a revista será interligada com o título do Superboy.
Como eu gosto do Tim Drake, estou até disposto a acompanhar um pouco mais, mas
tem altas chances de descambar rapidamente pra tosquice.
Devo acompanhar? Hum... esse primeiro arco, só pra ver onde vai dar.
Voodoo #1
E
finalizando Os Novos 52, não podia deixar de faltar um título dedicado aos
nerds punheteiros de 13 anos de idade. Vodu, aquela mesma quer era dos
WildC.A.T.s é uma stripper que faz
pose sensuais em trajes sumários por 22 páginas. Sinopse mais curta que essa
impossível. Até porque se você prestou atenção no texto de Ron Marz, isso
significa que o desenhista Sami Basri não fez seu trabalho direito. Contudo, se
você sabe onde achar pornografia de verdade, não vai querer perder seu tempo
com isso.
Devo acompanhar? Não.
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