Leia também:
Terceira
parte da matéria, pacote da terceira semana de publicação nos EUA.
Absolutamente nenhum grande título nesse pacote. Algumas poucas revistas
medianas, porém satisfatórias e, pra variar, um monte de porcarias vergonhosas.
Aviso: O texto abaixo pode conter spoilers. Leia por sua conta e risco.
Batman #1
Scott
Snyder vinha muito bem nas histórias do Batman antes do reboot, tentando fugir da mesmice e criando tramas que prendiam a
atenção do leitor. Portanto, ele tem crédito. E vai precisar dele, porque esse
recomeço não foi muito animador. A trama não empolga muito, serve mais como
reapresentação dos personagens, mas há um gancho no final que pode render mais
emoção e mistério nas próximas edições. E eu não via um trabalho de Greg
Capullo desde a época do Spawn. O traço do cara não mudou nada, continua sendo
o melhor dos imitadores do Todd McFarlane, mas acho que faltou um pouquinho de
capricho, principalmente nos rostos.
Devo acompanhar? Hum... sim.
Birds of Prey #1 (Aves de Rapina)
Sem
a Oráculo, que voltou a ser Batgirl, as Aves de Rapina, nessa nova encarnação,
ficaram parecendo mais um Esquadrão Suicida formado por heroínas. Temos aqui
mais um título genéricus in extremis.
Texto e arte sem sal e sem propósito.
Devo acompanhar? Não.
Blue Beetle #1 (Besouro
Azul)
A
revista abre com um prólogo mostrando a origem e o propósito do escaravelho que
acaba por transformar Jaime Reyes no Besouro Azul, com sua armadura
tecnorgânica. Sim, é mais uma origem recontada sem grandes diferenças do que
era antes. Não é uma grande história, mas ainda assim, admito que, mesmo sem
qualquer destaque, até que me diverti com a leitura. Este aqui parece que vai
seguir o caminho daqueles títulos sem grandes surpresas, mas com uma boa
regularidade. Leitura menor, mas que entretém.
Devo acompanhar? Mesmo não sendo grande coisa, merece uma chance.
Captain Atom #1 (Capitão Átomo)
J.T.
Krul, o homem que destruiu o Arqueiro Verde, tenta aqui transformar o meia-boca
Capitão Átomo num personagem grande, o que ele nunca será. Não se trata de
níveis de poder, mas sim da qualidade do personagem. Muita pretensão e um texto
ruim. Eu gosto da arte do Freddie Williams II, mas aqui, como em vários outros
títulos, fica bem aparente uma certa pressa do desenhista, como se tivesse
prazos bem apertados e pouco tempo para trabalhar.
Devo acompanhar? Sem chance.
Catwoman #1 (Mulher-Gato)
A
mais polêmica do pacote, apenas por causa da cena de sexo com o Batman ao final
da edição, o que não é absolutamente nada demais, afinal, como já diz o título,
eles o fazem sem tirar a maior parte das peças de seus uniformes. Judd Winick
se sai melhor aqui do que em Batwing, o que não quer dizer que isso aqui seja
uma maravilha. Mais uma vez, se a ideia é criar histórias totalmente novas,
porque diabos começar com algo já usado à exaustão? A história abre com
bandidos destruindo a casa de Selina Kyle. Antes do reboot o escritor Will Pfeiffer fazia isso todo mês! Parece até
alguma obrigação contratual. Mesmo assim, pode ser que Winick continue a
apimentar as próximas histórias para continuar chamando atenção. É melhor que
nada.
Devo acompanhar? Sim, pelo menos por enquanto.
DC Universe Presents #1
A
ideia dessa revista é promover um rodízio de personagens que não possuem título
próprio. As primeiras edições de DC Universe Presents serão protagonizadas pelo
Desafiador, uma espécie de Gasparzinho da comunidade super-heróica, embora,
diferente do fantasminha camarada, os vivos não conseguem vê-lo. O personagem
ganhou bastante destaque na maxissérie O Dia Mais Claro e parece que vai ser
mais presente também nos Novos 52. A revista não é ruim, mas não faz o meu tipo.
E títulos com rodízio de personagens geralmente são extremamente irregulares.
Devo acompanhar? Não.
Green Lantern Corps #1 (Tropa dos Lanternas Verdes)
Mais
um início de arco para a Tropa dos Lanternas Verdes. Alguém ou alguma coisa
está matando membros da Tropa. Cabe a Guy Gardner e John Stewart investigar.
Mais uma edição introdutória que poderia ter apresentado um pouco mais da
história, mas só a cena de Guy Gardner tentando arranjar um emprego normal já
vale a leitura.
Devo acompanhar? Sim.
Justice League #1 (Liga da Justiça)
Nos
EUA, foi o primeiro título lançado, servindo como carro-chefe do projeto. A
primeira impressão não poderia ser pior. Geoff Johns erra feio ao contar como a
Liga foi formada. Comete um desserviço com Hal Jordan ao mostrar o Lanterna
Verde como um imbecil autoconfiante, praticamente desfazendo tudo de bom que
havia feito em seu título próprio. Você sabe, coisas como torná-lo um
personagem tridimensional. Até o Batman é bem irritante aqui. Pra completar,
essa é mais uma que oferece muito pouca história. Sabe-se que a Liga voltará a
ser formada pelos sete grandes, com a substituição do Caçador de Marte pelo
Cyborg, algo que tem muita cara de programa de cotas. Convenhamos, ele não é
personagem para a Liga, deveriam ter usado John Stewart, que é um personagem
muito melhor. Mas como Hal Jordan é mais popular, já viu. Enfim, a maior
decepção até aqui.
Devo acompanhar? Infelizmente, não.
Legion of Super-Heroes #1 (Legião dos Super-Heróis)
A
Legião dos Super-Heróis, um grupo de heróis do futuro formado por um bando de
alienígenas, sempre foi uma das equipes mais adoradas pelos leitores da DC.
Sinceramente, nunca entendi isso, sempre achei suas histórias uma bobagem sem
tamanho e chatas até não poder mais. Essa nova revista do grupo não foge à
regra. Mais uma que foi difícil de engolir. Nem quero mais perder tempo falando
sobre isso.
Devo acompanhar? Só se você for fã da equipe.
Nightwing #1 (Asa Noturna)
Dick
Grayson volta a ser o Asa Noturna, agora com um novo uniforme. É basicamente
isso, uma reapresentação da antiga identidade do personagem, mas feita com
competência. Ajuda o fato de que eu sempre gostei dele, basicamente uma versão
bem ajustada do Batman. Os desenhos do brasileiro Eddy Barrows, ao contrário do
que ocorre com a maioria, estão caprichados. A trama ainda não começou, mas a
revista já dá a impressão de que será eficiente.
Devo
acompanhar? Sim.
Red Hood and the Outlaws #1
Mais
uma da série “por que lançar isso?”. Perderam uma ótima oportunidade para matar
Jason Todd de vez e assim consertar a bobagem gigante que fizeram ao
ressuscitá-lo. Ao invés disso, transformam-no no protagonista de sua própria
revista. É o fim do mundo. Além disso, Ricardito rejuvenesceu e volta a ter os
dois braços e Estelar virou uma vagabunda espacial. Ah, sim, os três são
caçadores de recompensa, ou algo do tipo, a leitura ruim me fez perder a
atenção...
Devo acompanhar? Não.
Supergirl #1
A
revista da Supergirl já não era boa antes do reboot, com ele continuou a mesma
porcaria. Em mais um novo recomeço (hum, começo a notar um padrão aqui),
Supergirl cai na terra já vestida de Supergirl e passa 22 páginas batendo em
caras em armaduras. Sucinto, não? E aí vem a pergunta: é preciso dois
roteiristas pra escrever isso? Caramba!
Devo acompanhar? Nãããõooo.
Wonder Woman #1 (Mulher-Maravilha)
A
outra ponta da trindade formada por Superman e Batman. A mais famosa heroína
dos quadrinhos e ícone da cultura pop. E ainda assim a Mulher-Maravilha nunca
conseguiu ter uma revista de sucesso (à exceção, talvez, na época do George
Pérez). Será que agora vai? Como na maioria das revistas, ainda é difícil dizer
porque a introdução da trama é simplesmente muito curta, mas tem um nome de
peso escrevendo (Brian Azzarello) e um clima nesse primeiro número bem...
esquisito, como a cena do seja lá o que for aquilo nascendo do corpo do cavalo
decapitado. Só a arte de Cliff Chiang, meio cartunesca, meio tosca mesmo que
não me agrada. Tem potencial, resta ver se será cumprido.
Devo acompanhar? Por enquanto sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário