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(The Blair Witch Project, EUA,
1999)
86min
Direção e roteiro:
Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Em
outubro de 1994 três estudantes de cinema desapareceram na floresta perto de
Burkittesville, Maryland, enquanto filmavam um documentário. Um ano depois, o
filme foi encontrado. Com essa premissa, os dois diretores estreantes (Daniel
Myrick e Eduardo Sánchez) enganaram muita gente, fazendo as pessoas acreditarem
que os três estudantes realmente haviam desaparecido, e que o material que
seria assistido pelos espectadores era verdadeiro.
Na
verdade, foi um jeito bem criativo de promover o filme independente mais
rentável da história. O longa custou aproximadamente 35.000 dólares, sem
incluir a pós-produção, e arrecadou cerca de 140 milhões de dólares só nos
EUA.
Os
diretores espalhavam cartazes pelas sessões do filme com as fotos dos atores,
dizendo que estavam desaparecidos. Além disso, utilizaram-se da internet para
espalhar o mito da bruxa de Blair como real, enganando muitas pessoas que
entravam no site oficial do filme. Uma
rede de TV americana chegou a fazer um documentário sobre o mito da bruxa de
Blair achando que fosse real. Além dessa rede, vários jornais e revistas caíram
no truque, noticiando os fatos ocorridos no filme como verdadeiros.
Assim,
a película que havia estreado em poucas salas do circuito underground, logo pulou para a exibição nos multiplexes, angariando
uma multidão de espectadores que queriam conferir o filme que gerou tanta
polêmica.
E
a pequena cidade de Burkittesville acabou sendo invadida por fãs do longa,
curiosos e pessoas desavisadas do caráter ficcional da história. Essa invasão
foi retratada no início de A Bruxa de
Blair 2: O Livro das Sombras (Book of
Shadows: Blair Witch 2), continuação que não possui o caráter documental,
sendo muito inferior ao primeiro, e por isso, foi um fracasso nas
bilheterias.
O
filme foi realizado em Super 16 mm e depois ampliado para 35 mm. Além disso,
foi usada uma câmera mini-DV que teria o propósito de filmar um making of do projeto. As imagens em
Super 16 e em digital foram intercaladas na edição pelos diretores para dar
mais dinamismo ao filme. Como consequência, existem horas de material inédito,
que estão presentes na edição americana do DVD.
Os
três atores filmaram eles mesmos praticamente tudo, portanto, temos o uso de
câmera na mão. Além disso, deveriam entrevistar moradores da cidade que, sem
que os três soubessem, haviam sido instruídos pelos diretores a darem as
respostas certas para que as reações dos atores fossem as mais verdadeiras
possíveis.
A
partir do momento em que eles se perdem na floresta, praticamente todas as
falas são improvisadas, e muitos dos fatos que acontecem com eles, como os
barulhos estranhos à noite, foram provocados pelos diretores sem que eles
soubessem. Assim, o medo deles se torna extremamente realista, o que ajudou as
pessoas a acreditarem que se tratava de uma história real.