Leia também:
Na
última parte da Discografia, os discos pós Kid
A/Amnesiac. Para uma banda com mais de 20 anos de estrada, sua discografia
é bem sucinta e também fácil de se encontrar, já tendo inclusive ganhado um
relançamento recente.
I Might Be Wrong: Live
Recordings (2001)
Este
EP de 8 faixas (que também foi lançado no Brasil, algo raro de acontecer) tinha
como único propósito acalmar certa apreensão dos fãs ao mostrar-lhes que as
músicas eletrônicas e superproduzidas da dobradinha Kid A/Amnesiac podiam funcionar muito bem ao vivo. Fora isso, vale
pela inédita em disco True Love Waits,
mas que possui uma versão melhor (com teclado) circulando pela internet.
Nota: 7,5
Hail to the Thief (2003)
A
união do melhor de dois mundos. A volta das guitarras, tão pedidas pelos fãs,
aliada às esquisitices sonoras dos dois discos anteriores. Não à toa é seu
melhor disco desde OK Computer. Desde
as distorções de abertura de 2 + 2 = 5,
passando pelo single There There,
essa fusão de sonoridades funciona que é uma beleza. De fato, só há três
músicas descartáveis aqui: as puramente eletrônicas e genéricas Backdrifts e The Gloaming e a horrenda We
Suck Young Blood, fácil, fácil a pior coisa que eles já gravaram. As outras
onze faixas são de primeira. Se não fosse por essas três canções, poderia ser
mais um clássico. Do jeito que está é só um excelente álbum. Leia um pouco mais sobre ele aqui.
Nota: 9,5
In Rainbows (2007)
Após
um hiato de quatro anos sem lançar nada (o maior de sua carreira), a banda
grava e lança este disco de forma independente com uma forma de comercialização
pioneira e ousada (pague quanto quiser). Resultado: ganham muito dinheiro,
provam que um disco não precisa ser caro para dar lucro e que não precisam de
grandes gravadoras para continuar em evidência no meio. Musicalmente, nova
mudança de estilo. In Rainbows é um
disco mais orgânico. Os elementos eletrônicos estão em segundo plano e as
guitarras, por sua vez, mais calmas. É o tipo de disco que não impressiona na
primeira audição, mas que cresce bastante a cada nova escutada. Bodysnatchers, All I Need e Jigsaw Falling
Into Place não fazem feio entre as canções mais antigas. Para uma resenha
minha mais completa sobre o disco, publicada no Delfos em 2010, é só clicar aqui.
Nota: 9
The Best Of (2008)
Com
o fim do contrato com a EMI, a gravadora resolveu ganhar os últimos trocados
com o Radiohead lançando esta
coletânea contra a vontade do grupo. Compilando faixas de Pablo Honey até Hail to the
Thief (In Rainbows já foi lançado
de forma independente), foi lançado em duas versões, simples e dupla. A
simples, com 17 faixas, é simplesmente insuficiente para apresentar os
principais sucessos da banda para um neófito. Já a dupla, com 30 músicas no
total, é uma boa porta de entrada. Para quem já tem todos os discos, essa
coletânea não possui nenhum atrativo. O lado B Talk Show Host, única faixa mais alternativa, presente na versão
dupla, pode ser achada facilmente na internet e em coletâneas pirata de lados
B.
Nota: 8
The King of Limbs (2011)
Depois
de mais de 20 anos de carreira, até que demorou para o grupo dar sua primeira
escorregada. Como há uma primeira vez para tudo, The King of Limbs foi a pisada na bola inaugural da banda. Lançado
no mesmo esquema de In Rainbows (mas
com preço fixo), decepciona por ser um passo atrás. Ao invés de seguir pelo
muito mais interessante caminho musical de In
Rainbows, a banda retoma a exata mesma sonoridade de Kid A e Amnesiac, em canções
menos inspiradas que as destes discos. Há bons momentos sim, mas nada muito
memorável. É o tipo de álbum que sempre será preterido por algum outro da
discografia da banda.
Nota: 6,5
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