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- Os Novos 52 - Parte I
Nesta segunda parte, o segundo lote de 13 revistas dos Novos 52. Tem coisas boas, como o melhor título do Homem-Morcego e o Lanterna Verde com sua cronologia inalterada dando um foda-se pro reboot. Mas também tem muita porcaria insuportável.
- Os Novos 52 - Parte I
Nesta segunda parte, o segundo lote de 13 revistas dos Novos 52. Tem coisas boas, como o melhor título do Homem-Morcego e o Lanterna Verde com sua cronologia inalterada dando um foda-se pro reboot. Mas também tem muita porcaria insuportável.
Aviso: O texto abaixo pode conter spoilers. Leia por sua conta e risco.
Batman and Robin #1 (Batman e Robin)
Sem
dúvida o melhor título do Homem-Morcego e o que apresenta a abordagem mais
diferente. Como o próprio nome entrega, a revista é centrada na parceria entre
a dupla dinâmica, Batman e Robin. E com Bruce Wayne de volta à Gotham e como
único Batman, basicamente é uma história sobre pai e filho, com Bruce tentando
educar Damian, construir um relacionamento com o garoto e compensar o tempo
perdido. Mostra também um Batman com uma filosofia de vida um pouco mais leve,
menos atormentado, provavelmente resultado da paternidade. No meio disso, eles
socam alguns bandidos, mas nem precisava.
Devo acompanhar? Sim.
Batwoman #1
A
mais linda revista dos Novos 52 no quesito arte. Desde que assumiu o Batman no
início da passagem de Grant Morrison pela revista do Morcego, o ilustrador J.H.
Williams III anda no domínio completo de sua arte. Desenhos lindíssimos, layouts criativos e uso de diferentes
técnicas (embora não nesta edição em específico) colocam-no num nível muito
acima dos outros artistas da editora. Aqui ele ataca também como corroteirista,
ao lado de W. Haden Blackman, continuando a história da Batwoman de onde elas haviam
parado em suas aventuras antes do reboot.
Sinceramente, a trama é qualquer nota, mas esse é o tipo de gibi que você para
pra apreciar cada painel, tentando captar os mínimos detalhes.
Devo acompanhar? Sim, ainda que só pela arte.
Deathstroke #1 (Exterminador)
O
Exterminador é um daqueles personagens que pode ser ou um dos grandes vilões da
DC ou apenas mais um personagem secundário. Tudo depende da criatividade e
qualidade dos escritores. Kyle Higgins parece fazer parte da turma sem
criatividade e qualidade. Aqui o Exterminador deixa a rixa com os Novos Titãs
de lado (ou nunca a teve, esse reboot
é extremamente confuso) e volta a focar em sua carreira como o mercenário mais
letal do mundo. Como curiosidade, esse é o único título dos Novos 52 com uma
história autocontida nesta primeira edição, com começo, meio e fim. Mas que é
genérica pra cacete.
Devo acompanhar? Não.
Demon Knights #1
Personagens
místicos e sobrenaturais, como Etrigan e o Cavaleiro Andante, vivendo aventuras
épicas na Idade Média à parte do resto do novo universo DC. Uau, conseguriam
juntar tudo que eu não gosto numa revista só! Essa foi dureza de ler. Um dos
piores títulos do pacote.
Devo acompanhar? Não.
Frankenstein, Agent of S.H.A.D.E. #1
Um
personagem que começou a ganhar uma maior importância desde Os Sete Soldados da Vitória de Grant
Morrison. Sinceramente, nunca entendi por que. Sim, é o mesmo monstro de Frankenstein
da clássica história de Mary Shelley. Mas aqui ele trabalha pra uma agência
supersecreta do governo, a tal da S.O.M.B.R.A., caçando monstros do mal.
Pseudociência, bichos feios e muita embromação em mais um dos piores títulos
deste recomeço.
Devo acompanhar? Faça-se o favor de não fazê-lo.
Green Lantern #1 (Lanterna Verde)
A
exemplo dos títulos do Batman, os do Lanterna Verde também mantiveram sua
continuidade pré-reboot, embora todos
os fatos tenham acontecido num período de cinco anos. O título solo do Lanterna
continua exatamente do ponto onde havia parado antes de apertarem o botão de reset. Agora Sinestro é novamente um
Lanterna Verde, e Hal Jordan, expulso da tropa, encontra dificuldades em
retomar sua vida civil, a qual havia negligenciado completamente nos meses
anteriores. Como sempre, Geoff Johns continua fazendo um ótimo trabalho com o
personagem e os desenhos de Doug Mahnke combinam muito bem com o título. Quanto
à qualidade, a revista continua sendo um dos carros-chefe da editora.
Devo acompanhar? Sim.
Grifter #1 (Bandoleiro)
Como
todos os personagens criados no começo da Image Comics, o Bandoleiro de Jim Lee
(aqui escrito por Nathan Edmondson e desenhado por Cafu. Não, não é aquele) é
derivativo ao extremo. Uma mistura de Gambit com Wolverine. Por algum motivo
está sendo caçado por uma raça alienígena que só ele consegue ouvir e
identificar. Uma bobagem sem tamanho, tremendo desperdício de páginas.
Devo acompanhar? Não.
Legion Lost #1
Não
consigo entender qual é a desse reboot.
É pra ser tudo novo, mas além de Batman e Lanterna Verde manterem suas
cronologias, outros aspectos da velha DC continuam sendo usados nesse reinício,
como a ideia da tal Legião Perdida, formada por um pequeno grupo de integrantes
da Legião dos Super-Heróis perdido em seu passado, nosso presente, que tem
que... ah, quem se importa? Mais uma revista que beira o insuportável.
Devo acompanhar? Só se você for fã da Legião dos Super-Heróis. Não é o
meu caso.
Mister Terrific #1 (Senhor Incrível)
Quando
um personagem cuja principal característica é ser o terceiro homem mais
inteligente do mundo (a saber, os dois primeiros são Lex Luthor e Bruce Wayne)
ganha revista própria, é sinal de que há algo muito errado nesse negócio. O Sr.
Incrível funcionava muito bem no contexto de grupo da Sociedade da Justiça.
Solo, não tem a força necessária para segurar uma revista, tanto que já foi
cancelada.
Devo acompanhar? Desnecessário.
Red Lanterns #1 (Lanternas Vermelhos)
Os
raivosos Lanternas Vermelhos são bons antagonistas/aliados do Lanterna Verde em
suas histórias recentes, mas que eles ganhem título próprio é, no mínimo,
estranho. Como no caso do Sr. Incrível, aqui também os personagens não parecem
ter força para se sustentarem sozinhos e a história deste primeiro número, para
piorar, não disse a que veio. O pior título ligado ao Lanterna Verde.
Devo acompanhar? Só se você faz questão de ler todas as revistas do
universo do Lanterna Verde.
Resurrection Man #1
Um
antigo personagem com certo apelo cult
que toda vez que morre, ressuscita com algum superpoder diferente. Sério, por
que a DC continua dando revistas a personagens sem nenhum carisma, com pouca
chance de sucesso comercial e com histórias absolutamente genéricas, para não
dizer completamente medíocres? Títulos como esse são pura encheção de linguiça.
Devo acompanhar? Não.
Suicide Squad #1 (Esquadrão Suicida)
Já
o Esquadrão Suicida sempre teve uma sólida base de fãs. Nessa nova encarnação,
nada mais natural que uma nova formação. Assim, personagens tradicionais como o
Pistoleiro recebem a companhia de novos membros, como a Arlequina. Até que a
história começa bem, com o Esquadrão capturado e sendo torturado, mas não
demora muito a cair na mesmice de sempre que está virando a tônica da maioria
dos títulos dos Novos 52.
Devo acompanhar? Não.
Superboy #1
A
origem do herói é recontada de um modo bastante similar ao que era antes,
misturado com o que está sendo feito no desenho Justiça Jovem. Desses títulos de histórias sem qualquer pretensão,
este aqui até que diverte, embora quem optar por não acompanhar também não vá
perder rigorosamente nada.
Devo acompanhar? Por enquanto sim, vai.
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