Como
é que a pessoa mais impaciente do mundo pode querer se aventurar a virar
caminhoneiro? O cara que já sai amaldiçoando até a quinta geração de quem lhe
passar pela frente quando encara os congestionamentos bauruenses (tipo uns
cinco carros em sua frente). E foi se meter a dirigir por dias, muitas vezes
semanas a fio, sem nada como companhia a não ser paisagens tediosas e as
músicas sertanejas no rádio?
Pois
é, mas aconteceu, embora de maneira um tanto diferente. E nem preciso dizer que
não deu muito certo na vida real. Sabe aquelas ideias que você identifica como
ruim a quilômetros de distância? A sociedade nessa empreitada foi uma dessas.
Assim que soube, cravei para mim mesmo: isso não vai virar. Sem querer ser
pessimista ou agourento. É apenas questão de lógica.
É
a mesma coisa que ele chegar em casa com um saco de feijões mágicos, garantindo
que era legítimo. Você apenas dá um tapa na própria testa e arranja um lugar
pra assistir de camarote aquele momento mágico em que ele é o último a se tocar
da grande besteira que fez. Não pega nada, em um momento ou outro, esse tipo de
coisa está fadado a acontecer ao menos uma vez com todo mundo. Más ideias às
vezes se disfarçam em pacotes atraentes.
Mas
pelo menos disso saiu algo de bom, como este episódio que você pode ler agora.
E antes que você pergunte: não, ele nunca comprou um saco de feijões mágicos.
Até onde eu saiba.
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