sexta-feira, 13 de abril de 2012

10 discos de rock da primeira década do século XXI: Parte final


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Continuando minha humilde lista dos dez discos de rock mais fodões dos primeiros dez anos dos 2000, os cinco derradeiros trabalhos. Vale ressaltar, assim como na primeira parte, só estão arranjados por ordem cronológica. Vamos a eles:


Hot Fuss – The Killers (2004)

Das bandas derivativas que surgiram nos últimos dez anos, aquelas que só reciclam sons de tempos passados, mais especificamente o pós-punk, new wave e technopop dos anos 80, o The Killers é a melhor, a mais competente e sem vergonha de se assumir assim. Hot Fuss é o melhor disco dessa vertente. Há tempos não havia uma sequência de abertura tão forte como Jenny Was a Friend of Mine (e seu baixo matador), Mr. Brightside, Smile Like You Mean It e Somebody Told Me. O resto do disco é igualmente excelente, com destaque para Midnight Show, já lá no final. Você já ouviu isso antes, mas poucas vezes com tamanha competência.


Siberia – Echo & The Bunnymen (2005)

Não poderia faltar. Eles estão velhos, reduzidos a uma dupla, bem longe dos tempos áureos, Ian McCulloch está sem voz. Mas ainda são capazes de conjurar mágica quando ninguém mais acredita neles. Siberia é o seu melhor disco desde seu retorno, um álbum que muita bandinha iniciante do novo indie daria tudo que tem para gravar. É assim que se envelhece com dignidade. Para ler um pouco mais sobre este disco e os outros da sua volta, clique aqui.


We Were Dead Before the Ship Even Sank – Modest Mouse (2007)

O Modest Mouse é aquela banda que é cheia de influências muito legais. Como resultado, não tinha como seu som não agradar. Veteranos da cena independente norte-americana, ficam melhores a cada novo trabalho. Este, o último disco até o momento, é o seu melhor. Músicas que combinam indie rock e pop em melodias grudentas que não saem da cabeça, guitarras excelentes e um bom trabalho de vocais tornam este trabalho um dos mais assobiáveis desta lista. O fato de Johnny Marr (ex-Smiths) ter entrado para a banda e participado das gravações, só ajuda. É o típico álbum que merece ser descoberto.


Young Modern – Silverchair (2007)

Este é o disco mais surpreendente da lista. Sim, é o Silverchair que surgiu como cópia de Nirvana e Pearl Jam e depois ganhou os corações das menininhas com Ana’s Song. Ou melhor, não é, pois este disco é diferente de tudo que eles haviam feito até então.  Nunca uma banda (descontando-se o Radiohead) deu uma virada tão radical na carreira. Quem ouve sem saber quem é não reconhece, pois o vocalista Daniel Johns mudou até seu jeito de cantar. Misturando rock dos anos 60 e 70 e as harmonias piscodélicas/fofinhas dos Beach Boys (a banda trabalhou com Van Dyke Parks, parceiro de Brian Wilson), entrega um disco estupendo, maduro e extremamente viciante. A faixa If You Keep Loosing Sleep é o melhor exemplo disso.


Red – Guillemots (2008)

Para encerrar, uma banda indie radicada na Inglaterra, mas com integrantes de diversas nacionalidades (o guitarrista é brasileiro), o som é só poderia ser uma mistura inclassificável. Este disco é uma pequena jóia. Mistura guitarras delicadas, bases eletrônicas e arranjos orquestrais em canções que variam de influência do funk (o nosso “batidão” mesmo) em Big Dog à baladaça Words. Red é uma daquelas boas surpresas que só estão à espera de serem apropriadamente descobertas.

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