sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Os filmes da DC – Parte final


Leia também:

Continua o apanhado dos filmes baseados em quadrinhos publicados pela DC Comics, com a segunda e última metade das obras. Vale lembrar, todos eles (incluindo os da primeira parte da matéria) foram lançados no Brasil, ainda que alguns deles tenham saído direto para vídeo.


Stardust – O Mistério da Estrela (2007)

O diretor Matthew Vaughn, que depois voltaria às adaptações de HQs com Kick-Ass e X-Men: Primeira Classe, pela Marvel, adapta aqui um romance ilustrado escrito por Neil Gaiman, outro dos grandes autores de quadrinhos (formando a santíssima trindade do gênero ao lado de Alan Moore e Frank Miller) e um dos meus favoritos. Um conto de fadas leve e com foco mais adulto, virou mais um filme simpático e bem agradável, mas novamente tomaram muitas liberdades criativas com o material original, ainda que, como no caso de Constantine, o resultado geral tenha funcionado.


The Spirit – O Filme (2008)

Frank Miller se empolgou tanto com a adaptação de seu Sin City, que assumiu sozinho a direção deste filme baseado na obra mais famosa de Will Eisner. Confesso que não conheço o personagem, e este filme horroroso prestou o desserviço de matar qualquer vontade que eu tivesse de ir atrás dos gibis. Miller viaja na maionese, exagera demais no clima noir, tenta fazer graça com piadas mais bestas que as do Zorra Total e comete um filme totalmente irritante. Péssimo. Leia aqui a resenha.


Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)

Se Frank Miller está em baixa, Christopher Nolan está no extremo oposto, e comete nessa segunda aventura do Morcegão um dos melhores filmes baseados em personagens de quadrinhos da história. Tudo de bom do primeiro filme é melhorado neste aqui, e Heath Ledger, como o assustador Coringa, entrega a melhor interpretação do personagem até hoje. Marcante. Leia aqui minha resenha da sessão em Imax do filme.


Watchmen – O Filme (2009)

O Cidadão Kane dos quadrinhos de super-heróis, uma obra que muitos acreditavam ser infilmável. Coube a Zack Snyder (que vinha de outra adaptação, 300) tentar repetir na tela grande o impacto que a obra teve no papel. Não conseguiu, mas até que chegou perto. O filme é muito bom, mas o problema é que a HQ é grande demais, cairia melhor como uma minissérie de TV. Como filme, muitos personagens e tramas tiveram de ser cortados e/ou adaptados. Algumas mudanças funcionaram, outras, como o final, não. Mas o resultado geral é bastante positivo. Não é perfeito, mas não tem do que se envergonhar.


Jonah Hex – Caçador de Recompensas (2010)

Já esse pistoleiro cult e deformado da linha Vertigo tem muito do que se envergonhar. Após alguns bons acertos, o estúdio volta a escorregar feio com Jonah Hex. Sabe aquele filme que parece ter sido rodado sem ter roteiro fechado, cheio de pitacos de produtores, com várias refilmagens posteriores pra tentar arrumar o estrago? É esse aqui. Uma bagunça de péssima qualidade. Siga o exemplo de Mulher-Gato e esqueça que isso existe.


Os Perdedores (2010)

Outra adaptação de uma série da Vertigo, daria um bom filme de ação e tinha um elenco bom. Mas resultou num trabalho fraco e anêmico. Chamá-lo de meia-boca seria o máximo de elogio possível e seria passível de ser um exagero. É o tipo de filme que você assiste já sabendo tudo que vai acontecer e quinze minutos depois de acabar, já o apagou da memória. Muito fraco.


Red – Aposentados e Perigosos (2010)

Mais um baseado numa HQ mais adulta, mais um que privilegia a ação. Mais um com ótimo elenco. Mais um que eu achei bastante meia-boca, embora esse tenha conquistado maior carinho do público. Não consegui me empolgar. Para mim, tudo que disse sobre Os Perdedores funciona para este sem o que tirar nem pôr. Mesmo assim,vai ganhar continuação.


Lanterna Verde (2011)

A Warner finalmente investe pesado em outro dos heróis medalhões da editora. E quebra a cara. Resolveu jogar no seguro, com uma tradicional história de origem e todos os clichês que isso acarreta, e entrega um produto morno, sem punch, mais uma película bem meia-boca para um personagem que está numa ótima fase nos quadrinhos e merecia muito mais que isso em celulóide. Outra decepção nas bilheterias e o estúdio ficou com um abacaxi nas mãos: não sabe se investe numa continuação melhorando tudo que não deu certo ou se já aperta logo o reset e recomeça do zero e direito.


Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

O encerramento da trilogia do Batman, a despedida de Christopher Nolan da direção dos longas do personagem e de Christian Bale como o melhor ator a vestir a capa e o capuz. E trata-se de um encerramento com chave de ouro. Mesmo não tendo um vilão tão marcante quanto o Coringa, a produção e a história conseguem ter um escopo ainda maior que o atingido na segunda parte. Outro filme fantástico, provando que os filmes do Morcegão são (por enquanto) os únicos foras de série dentro da filmografia da DC. Leia a resenha aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário