sexta-feira, 24 de abril de 2020

Capangas ressuscitados


Já que eu reativei esse blog, vou aproveitá-lo pra desovar algo que estava apodrecendo no fundo de uma gaveta virtual já faz uns bons tempos: a segunda temporada de Capangas Contratados. Para ser mais exato, ela já estava escrita há seis anos. E lá permaneceu, como um cadáver em decomposição escondido pelos três protagonistas da série.

Na verdade, já faz tanto tempo que eu não me lembro mais porque ela não foi publicada como o planejado, mesmo estando toda no papel. E foi ficando, e os anos foram passando. E aqueles três psicóticos malucos enterrados vivos, com suas novas aventuras devoradas pelas traças virtuais.

Aí, quando reativei o blog e recoloquei a primeira temporada e também Vida e Obra de um Ninguém de volta no ar, pensei, por que não aproveitar e desenterrar a segunda de Capangas Contratados? Então é isso que eu vou fazer.

O humor politicamente incorreto, beirando o ofensivo e o escroto ainda estão lá. E a passagem dos anos deixou algumas coisas, ainda bem, quase além do aceitável. Mas aí eu lembro que se trata de uma história totalmente exagerada, quase cartunesca e splatter, de três psicopatas que matam sem distinção de raça, gênero ou credo e aí tudo fica bem, oportunidades iguais para todos!

Por isso, fiz alterações mínimas durante a nova revisão. Não escreveria mais algumas coisas como seis anos atrás, mas se ficasse refazendo tudo viraria uma maçaroca desconjuntada. Melhor deixar como um retrato do passado mesmo, com seus erros e acertos, até porque, para minha surpresa, gostei da maioria das coisas que reli.

Essa temporada havia sido concebida para ser menor que a primeira, com 16 episódios ao invés dos 26 da anterior. Está mais sucinta, mais redondinha, mas igualmente divertida (para quem gosta desse tipo de humor demente e dessas referências de cultura pop, claro).

E ela também funciona tanto como desfecho para a série quanto dá margens para a história continuar. Para ser sincero, duvido que isso vá acontecer, mas nunca se sabe. Vai que daqui há mais seis anos me dá na telha de sentar a bunda no computador e batucar uma terceira temporada apenas porque sim? Vai que...

Mas se não for, essa funciona como um final bacana para a sangrenta saga de Tavares, Souza e o Novato (e sim, mesmo todos esses anos depois, sejam os passados no mundo real ou os transcorridos dentro da história, ele continua sendo tratado assim).

Enfim, vou publicar um por semana e ele não está naquela diagramação com projeto gráfico bacana da primeira temporada porque eu não sei fazer aquilo (era o Jean Di Barros que diagramava todas as sitcoms literárias) e não estou a fim de aprender. Prefiro fazer outras coisas, tipo fuçar no fundo do baú pra ver o que mais sai de lá.

Mas o texto, que é o que importa, está todo lá, arrumadinho, revisado e escorrendo sangue e tripas fictícias a cada página. Então, se alguém aí estava com saudade do trio de delinquentes menos famoso do mundo, volta aí semana que vem para a estreia da nova temporada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário