sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os filmes da Marvel – Parte II


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Continuando a rápida análise sobre todas as produções para o cinema baseadas em HQs da Marvel, confira a segunda parte.


Blade: Trinity (2004)

David S. Goyer, escritor dos Blades anteriores, assume aqui a direção também e coloca o herói para enfrentar ninguém menos que Drácula. E também adiciona uns sidekicks de quebra. A crítica considerou esta a pior aventura do herói e um final ruim para a trilogia do caçador de vampiros. Assisti ao filme apenas alguns meses atrás e gostei, talvez por esperar algo bem pior do que o que assisti na realidade. Achei melhor que o segundo, pelo menos.


Elektra (2005)

Eis que Demolidor ganha um spin off estrelado pela ninja interpretada novamente por Jennifer Garner. De novo, se seguissem à risca as histórias da personagem escritas por Frank Miller, seria um filmão. Optaram por desvirtuar tudo e fazer o que desse na telha dos produtores. Não podia dar certo, como não deu. Este é um dos piores filmes de um personagem da Marvel. Assista para passar raiva. E só para isso.


O Homem-Coisa: A Natureza do Medo (2005)

Se Elektra é um dos piores, esse aqui é campeão. O negócio é tão ruim que a Marvel fez de tudo para escondê-lo e muita gente nem sabe que ele existe. Ele sequer foi exibido nos cinemas dos EUA, embora tenha chegado às telonas em outras partes do mundo. Tosco, sem dinheiro, enrolão pra caramba, trash até a medula (no mau sentido). Mezzo policial, mezzo terror, inteiro ruim. Quem quiser ver o Homem-Coisa vai ficar só na vontade, ele mal aparece no próprio filme. Só de relance, lá pro final. Um lixo completo.


Quarteto Fantástico (2005)

O foco aqui era fazer um filme família, visto que o Quarteto Fantástico é uma família. Sacou a jogada “esperta” do estúdio? Bom, nesse quesito, conseguiram. Tem a maior cara mesmo de Sessão da Tarde, é divertido e a relação entre o Tocha Humana e o Coisa rende boas piadas. Mas é pouco quando se entra numa análise mais hardcore da parada. E o que fizeram com o Dr. Destino, um vilão clássico, daqueles que se acha o melhor em tudo e ri diabolicamente de seus próprios estratagemas, aqui transformado num pamonha, é imperdoável.


X-Men – O Confronto Final (2006)

Bryan Singer trocou os X-Men pelo Superman e a direção do terceiro X-filme foi para Brett Ratner, operário-padrão, esforçado, mas sem o mesmo talento. Resultado: entupiu o filme de mutantes e botou muita história para pouco tempo de projeção, especialmente levando-se em conta que ele privilegiou a ação à narrativa. Não é ruim, mas, comparado aos seus antecessores, perde de lavada.


Motoqueiro Fantasma (2007)

O mesmo Mark Steven Johnson que dirigiu Demolidor ganha uma segunda chance com um novo personagem, o Motoqueiro Fantasma. O filme é melhor que o do Homem Sem Medo, especialmente levando-se em conta que se trata de uma produção censura livre de um personagem que casaria melhor com uma atmosfera adulta e violenta de terror. Mas já que foi feito assim, até que dá pra assistir numa boa. Mas beira o dispensável. Leia aqui a resenha.


Homem-Aranha 3 (2007)

Taí um bom exemplo do que acontece quando os produtores interferem onde não devem. Me lembro claramente de umas duas ou três entrevistas de Sam Raimi onde ele dizia com todas as letras que não gostava do Venom e jamais o usaria num filme do Aranha. E quem é que está nessa terceira aventura? Ora, Venom! Junto do Homem-Areia e do novo Duende Verde. É muita gente, fizeram retcon, bagunçaram a morte do tio Ben, Peter vira emo quando fica mau... Contudo, mesmo com muita coisa errada, o resultado é bastante positivo (eu gosto) e o longa arrecadou bem. Mas os fãs chiaram, a crítica caiu matando e Sam Raimi levou injustamente muito da culpa. Até tentaram mantê-lo para um quarto filme, mas ele pulou fora e acabaram rebootando a franquia.


Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

Mantiveram a proposta do filme família, mas tentaram dar um upgrade com a presença do Surfista Prateado. Não funcionou. Achei inferior ao primeiro. O Surfista em CGI ficou fake em demasia, o Dr. Destino continuou descaracterizado e, o maior dos pecados, Galactus, que todo mundo queria ver devorando planetas no cinema, foi transformado numa broxante... nuvem! Mais um Sessão da Tarde para ser assistido sem grandes exigências ou expectativas. Outra franquia que será rebootada em breve.


Homem de Ferro (2008)

Produção inaugural do Marvel Studios, o braço cinematográfico da editora, criado para manter maior controle criativo sobre as versões na telona de seus personagens. E seu primeiro longa não poderia ser melhor. O Homem de Ferro nunca foi tão popular quanto depois de seu primeiro filme. Uma aventura de qualidade, que ressuscitou a carreira de Robert Downey Jr. e plantou a semente para um universo Marvel unificado no cinema. Leia aqui minha resenha.


O Incrível Hulk (2008)

Essa segunda tentativa de emplacar uma franquia do Gigante Esmeralda não chega a desconsiderar a produção anterior, mas também não se prende a ela. E aqui privilegia muito mais a ação em detrimento do lado psicológico do personagem. Só esqueceram de avisar isso ao Edward Norton, que brigou com diretor e produtores para dar mais dimensão ao seu personagem. Perdeu a peleja e o filme perdeu com isso de um modo geral. Pancadaria sem conteúdo, beirando o genérico. Nenhuma surpresa aqui, além da ponta de Tony Stark, continuando a unificação dos filmes do Marvel Studios. Leia aqui a resenha completa.

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