sexta-feira, 23 de março de 2012

Discografia Pixies: Parte final – Os discos póstumos


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Nessa segunda e última parte da discografia dos Pixies, uma geral em seus álbuns póstumos, que começaram a ser lançados a partir de 1997. Entre coletâneas e compilações, todos os lados B, sobras e raridades estão presentes. Nunca foi tão fácil ter a obra completa de uma banda tão influente.


Death to the Pixies 1987 – 1991 (1997)

Álbum duplo. O primeiro disco é uma coletânea com 17 faixas, dando uma geral nos cinco álbuns da banda. É uma boa porta de entrada para se conhecê-los. Posso dizer de experiência própria, pois foi graças ao lançamento desse disco no Brasil (e uma matéria a respeito na Folha de S. Paulo) que conheci a banda. Hoje acho que poderia ter entrado mais algumas músicas de Trompe le Monde, mas na época foi uma ótima iniciação. O segundo disco é uma gravação ao vivo de um show em Amsterdã em 1990 com 21 canções e muita energia. O detalhe curioso é que a edição brasileira não trazia qualquer informação sobre esse segundo disco, nem os detalhes técnicos nem a lista de faixas na contracapa. Bizarro.

Nota: 9,5


At the BBC (1998)

Compilação de músicas gravadas nos estúdios da BBC entre 1988 e 1991 para transmissão nos programas da famosa rádio britânica. Entre as faixas já conhecidas dos discos em versões praticamente idênticas às de estúdio, destacam-se uma cover esporrenta de Wild Honey Pie, dos Beatles e o lado b Manta Ray. Recomendado só para fãs completistas.

Nota: 7


Complete ‘B’ Sides (2001)

Como o próprio nome diz, são todos os lados B dos singles do quarteto. E se você não soubesse disso, poderia jurar que se tratava de um disco de estúdio, tamanha a qualidade do material. Tem a versão ao vivo da cover de In Heaven (Lady in the Radiator Song), tema do filme Eraserhead. Tem a versão mais calma de Wave of Mutilation. Tem Into the White, outra faixa cantada por Kim Deal e que deveria ter sido um lado A, de tão boa que é. São lados B com qualidade de A, coisa para poucos.

Nota: 9


Pixies (2002)

Logo que foi formada, a banda gravou uma fita demo que ficou conhecida como Purple Tape (fita roxa). Dessa demo, oito canções foram escolhidas para entrar, sem qualquer alteração ou regravação, no EP Come on Pilgrim. As outras nove faixas estão neste disco, a raspa do tacho do baú pixieano. Oito dessas músicas acabariam entrando, em novas versões, nos discos seguintes da banda. A graça aqui é apenas conhecer suas versões iniciais. Só uma delas, Rock a My Soul nunca havia sido lançada e permanecia inédita até então. Mais um trabalho recomendado apenas para aqueles que gostam de ter tudo.

Nota: 8


Wave of Mutilation: Best of Pixies (2004)

Nova coletânea lançada pouco após o retorno da banda – que voltou apenas para fazer shows e ganhar todo o dinheiro que não ganharam quando estavam em atividade – com a clara intenção de apresentar os Pixies às gerações mais novas. Em relação a Death to the Pixies, tem 23 faixas contra 17 da compilação anterior, portanto, é mais completa. Músicas a mais dos Pixies (mesmo a lado B cover de Neil Young, Winterlong) nunca são de mais. Porém, a outra ganha pelo disco ao vivo. Essa vale só por ser mais recente e mais fácil de se encontrar.

Nota: 9

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