sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os melhores filmes de 2011: Um adendo



Tive a ideia para esse post após ler os comentários dos delfonautas durante essa semana na minha matéria dos melhores filmes de 2011 (que você pode ler aqui) publicada segunda-feira no Delfos. Muitos dos filmes citados por eles (seja como melhor, pior ou decepção) quase entraram na minha seleção oficial.

Toda vez que faço a seleção anual, escrevo uma pré-lista e depois vou eliminando através de critérios subjetivos até restarem somente os cinco melhores, uma decepção e um pior. Afinal, essas são as regras da matéria.

No entanto, agora posso usar o espaço desse blog para ir um pouco além. Decidi, só por diversão, revelar aqui os filmes que fizeram parte da tal pré-lista, os que quase chegaram lá, mas acabaram cortados no meio do caminho. E veja só: não é que deu mais uma lista inteira? Incluindo decepção e pior do ano.

Como na matéria delfiana, vou comentando cada um deles. E vou tentar explicar por que não chegaram à seleção final. Contudo, diferente da lista oficial, nessa os candidatos a melhores não estão em nenhuma ordem definida. Vamos lá:

Esses quase foram parar na lista dos melhores:

 
- O Preço do Amanhã (In Time – EUA – 2011)

Esse filme eu admito que nem ia assistir no cinema. Mas acabei mudando de ideia por dois fatores: a resenha do Carlos Eduardo Corrales enchendo a bola da película me convenceu a dar uma chance a ela. E, quando, na mesma resenha, li que o diretor era Andrew Niccol, do fodão Gattaca – Experiência Genética. Talvez tenha ido com a expectativa muito alta graças à crítica e à possibilidade de ver um novo Gattaca (a história é bastante similar), mas não me empolguei tanto como meu xará. É um bom filme e valeu a pena ter assistido, mas, só para ficar na comparação com Gattaca, este aqui perde feio.


 
- Contra o Tempo (Source Code – EUA/França – 2011)

Dirigido pelo filho do David Bowie, este filme tem uma história bacana, prende a atenção, é bem arquitetado e possui excelentes momentos. É uma boa ficção científica. Tinha todos os elementos para entrar na minha lista, mas faltou alguma coisa. Sabe aquele “tchan” quase indefinível que diferencia um bom filme (o que ele é) de um ótimo filme (um que fica na sua cabeça por bastante tempo, e este não fica)? Pois é, foi isso que faltou aqui.

 
 
- Super 8 (idem – EUA – 2011)

De todos os eliminados, este foi o que esteve mais perto de entrar para a minha lista. Filme com jeito de Sessão da Tarde (uma espécie em extinção) com um bom grupo de atores mirins e estilão “Spielberg das antigas”. O fato de ter um E.T. na história também ajuda nessa sensação, fora o próprio Spielberg ser o produtor. Foi uma das surpresas positivas do ano, ainda que esteja longe de ser perfeito. Se fosse um Top 6, tinha entrado.


 
- Pânico 4 (Scream 4 – EUA – 2011)

Outra surpresa positiva. Essa sequência temporã da cinessérie tinha tudo pra ser uma bobagem, e, surpreendentemente, provou-se o melhor filme de Wes Craven em muito tempo. Divertido como seus antecessores (achei até melhor que o 3), é um filme digno. Mas sejamos francos, isso não é filme de entrar em lista de melhores do ano. Preteri-o por Sobrenatural, que também é de terror, também me surpreendeu agradavelmente e eu gostei mais.


 
- 127 Horas (127 Hours – EUA/Reino Unido – 2010)

Dirigido por Danny Boyle (de quem eu gosto muito) e baseado numa história real que eu já conhecia, é um filme tenso (pela trama) e difícil de realizar. Praticamente uma única locação e um ator durante quase toda a projeção, é fácil se perder com tão pouco. Mas o diretor segurou com pulso firme (James Franco também ajuda com ótima atuação) e o resultado é mais que competente. Contudo, esse é o tipo de filme que nunca me vem à cabeça na hora da retrospectiva. Simplesmente não é o meu gênero favorito. Eu não falei que os critérios eram subjetivos?

Esse aqui concorreu como decepção:

 
- Lanterna Verde (Green Lantern – EUA – 2011)

Como fã do personagem, este era um dos filmes pelos quais estava mais ansioso para assistir em 2011. Acreditava piamente que, se feito corretamente, tinha tudo para virar uma franquia do naipe de um Star Wars. Vejamos: uma galeria de personagens marcantes, uma arma tão bacana quanto um sabre-de-luz (e que inclusive pode criar sabres-de-luz), mundos exóticos. Tudo isso com a possibilidade de aventuras espaciais ou na própria Terra, o que é uma vantagem a mais. Dá pra imaginar como ficaria um arco como A Guerra dos Anéis (Sinestro Corps War) no cinema? Pois é, mas aí resolveram fazer só o feijão com arroz sem qualquer pingo de inspiração...

Graças aos dois meses de atraso da distribuidora no lançamento (porque não havia salas 3D suficientes), acabei lendo muitas resenhas e, quando finalmente pude ver o filme, já sabia que “meia-boca” era o máximo de elogio que tinha conseguido. Por isso a decepção não foi tão grande quanto a que tive com Sucker Punch.

Pra terminar, esse aqui quase entrou como o pior:

 
- O Turista (The Tourist – EUA/França – 2010)

Isso aqui não é filme, é insulto ao expectador. Colocar dois dos astros do momento em belas paisagens italianas com um fiapo de história batida pra caramba não o torna instantaneamente um bom produto. Agora vá convencer os produtores disso! Praticamente filmaram as férias de Johnny Depp e Angelina Jolie e tentaram vender como produto de entretenimento. Fala sério!

No fim, acabei optando por Não Tenha Medo do Escuro porque era mais débil mental e mais recente, estaria mais fresco na cabeça para escrever a respeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário